A história completa da saída de Muricy Ramalho. A saúde e os resultados
O presidente Carlos Miguel Aidar, o vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro e o gerente de futebol, Gustavo de Oliveira, entraram no vestiário do estádio Santa Cruz, cumprimentaram Muricy Ramalho e tranquilizaram-no. Deixaram o vestiário minutos depois e seguiram em direção ao carro que os levariam de volta a São Paulo, pela rodovia Anhangüera. Ligaram o rádio e ouviram a entrevista coletiva em que Muricy disse não aguentar mais.
Da estrada, o vice-presidente Ataíde Gil Guerreiro revelou sua preocupação. Mas garantiu que os três dirigentes do futebol estavam no mesmo carro e não tinham ouvido de Muricy a informação de que entregariam o cargo. Na manhã desta segunda-feira, o vice-presidente telefonou para Muricy e ouviu o recado de que estava descansando, muito cansado que estava.
Havia neste momento duas ideias. Uma, de que Muricy deveria permanecer, para manter o plano de ter o mesmo treinador até o final do ano e depois contratar um técnico estrangeiro — André Villas Boas seria o nome para o fim do contrato de Muricy.
O plano está abortado. Líder do Campeonato Russo, o português não pode deixar o cargo neste momento.
Falou-se em Leonardo, Mano Menezes, Vanderlei Luxemburgo. Impossível dizer que o técnico será um deles ou outro.
Impossível!
Não houve nenhum contato com Jorge Sampaoli, que não sairia da seleção do Chile antes da Copa América.
O São Paulo precisa de uma grande marca e não há nenhuma no mercado.
Muricy vai cuidar da saúde.
Detalhe: há três semanas, o São Paulo ofereceu a Muricy a hipótese de fazer a cirurgia na vesícula de que necessita e reassumir o cargo mais tarde. Muricy rejeitou. Neste momento, o São Paulo não sabe o que vai fazer para substituir Muricy Ramalho.
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