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Coluna do PVC

Pela quarta vez, semifinal permite Barça x Real na final da Champions

PVC

24/04/2015 09h53

Em abril de 2000, houve pela primeira vez a esperança de que Barcelona x Real Madrid fizessem a final da Uefa Champions League. Ainda não era de maneira incontestável o maior clássico do futebol globalizado. Os derbys de Milão, Milan x Inter, atraíam muita atenção mundial naquela época. Mas os italianos fracassaram e o agrupamento das semifinais definiu Real Madrid x Bayern, Barcelona x Valencia. A esperança da decisão mais espetacular de todos os tempos durou apenas até o primeiro dia das semifinais. O Valencia goleou o Barça por 4 x 1, com Guardiola em campo e Luis Enrique no elenco.

O Real Madrid eliminou o Bayern, mas a primeira decisão entre dois times do mesmo país aconteceu entre Real Madrid e Valencia.

Os dois agora são técnicos e se encontram na semifinal Bayern x Barcelona que pode permitir o clássico planetário na decisão de Berlim. Na outra semifinal, a Juventus terá o adversário que desejava, como mostram as páginas do diário italiano La Gazzetta dello Sport desta sexta-feira. A percepção na Itália era de que o Real Madrid é o menos extra-terrestre dos adversários possíveis. A Juve volta à semifinal depois de 12 anos e enfrenta o mesmo rival. Em 2003, o Real Madrid de Ronaldo, Zidane, Raúl e Figo era muuuuuito favorito. Perdeu por 3 x 1 o jogo de volta para a Juve do técnico Marcello Lippi e do craque tcheco Pavel Nedved.

A segunda final entre clubes do mesmo país reuniu Milan e Juventus, naquele ano de 2003.

Há três anos, o Real Madrid levou a decisão contra o Bayern para os pênaltis, no Santiago Bernabeu. Perdeu. O Barcelona era favorito contra o Chelsea de Roberto Di Matteo. Também  foi eliminado. Pela segunda vez havia o Real Madrid numa perna das semifinais e o Barcelona na outra. Pela segunda vez, a decisão não reuniu os dois lados da Espanha.

Em 2013, 0 Borussia Dortmund goleou o Real no primeiro jogo e o Bayern, sob o comando de Jupp Heynckes, derrotou o Barcelona do técnico Tito Villanova. Desta vez, o Barça terá direito à revanche.

Agora, o Barcelona não é exatamente favorito contra o Bayern, mas tem condição de avançar, porque jogou o futebol mais perfeito dos últimos três meses. O Bayern tem Guardiola contra o clube que ajudou a tornar (quase) imbatível entre 2009 e 2012. Pode avançar. A Juventus trabalha para ser o que o Atlético de Madrid foi no ano passado e o Borussia Dortmund foi em 2013. Não é simples.

Se o raio não cair pela terceira vez no mesmo lugar, o maior clássico do mundo será final da Champions League no dia 6 de junho.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.