A volta ao mundo em 120 dias. Fracassos em janeiro, campeões em maio
O presidente Modesto Roma passou os primeiros trinta dias de seu mandato explicando como faria para colocar em dia os salários do Santos. Não era tão difícil montar um time competitivo. O elenco estava lá. Mas muita gente não percebia que havia Geuvânio, Lucas Lima, os zagueiros, o goleiro Vanderlei, contratado para o lugar de Aranha. Cada liminar, cada transferência, aumentava a dúvida sobre o futuro do Santos. A demissão de Enderson Moreira fez parte desse cardápio.
Em quatro meses, pouco menos de 120 dias, a vida mudou. O Santos foi o campeão dos heróis improváveis, como o técnico Marcelo Fernandes, primeiro técnico-interino campeão pelo Santos em todos os tempos, que recebe R$ 13 mil mensais.
O Santos foi campeão nos pênaltis e o Paulistão foi decidido por dois anos seguidos nesse formato, o que demonstra que o formato não é o melhor possível. Mas o Santos foi campeão com o merecimento de quem fez o maior número de pontos em toda a campanha e o maior número de gols também.
O que significa o título demonstrou-se na emocionante entrevista coletiva do técnico Marcelo Fernandes.
O mesmo vale para a torcida do Vasco, renascida. É claro que há muito o que se discutir sobre o Campeonato Carioca, todas as questões políticas. Mas é inegável o que o título estadual representa para o Vasco e como houve merecimento na reta de chegada da campanha.
A vitória sobre o Flamengo pode ter acontecido com pênalti inexistente, mas o Vasco foi melhor nos dois jogos. E venceu as duas partidas contra o Botafogo, como ganhou por 2 x 1 a decisão do título que tirou da fila de 12 anos em 1970, com gol de Valfrido.
A hierarquia do futebol brasileiro não muda. O Brasileirão vale mais do que os estaduais. Mas os estaduais valem tanto quanto mostraram os depoimentos emocionados dos jogadores e das comissões técnicas.
Parabéns aos campeões estaduais de 2015.
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