Os diferentes significados do dia 30 de junho na história recente do Brasil
Não é feriado e nem deveria ser. Muito mais se você pensar que 30 de junho é, desde ontem, o dia em que o Brasil julgou que seria goleado pela Argentina no lugar do Paraguai. O 6 x 1, quase um ano depois do 7 x 1, não aconteceu e é impossível dizer que isso não tenha ocorrido pela derrota nos pênaltis nas quartas-de-final da Copa América.
Brasil x Argentina é diferente de Argentina x Paraguai.
Só que Brasil x Alemanha também deveria ser e o 8 de julho do ano passado nos tirou completmaente a referência.
A ponto de se julgar que se fosse Argentina x Brasil no dia 30 de junho de 2015, haveria novo massacre.
Há dois anos, no mesmo dia 30 de junho, muita gente também julgava que a seleção seria massacrada pela Espanha na final da Copa das Confederações. Não foi.
Verdade que os 3 x 0, com direito à arquibancada cantar o samba do Neguinho da Beija-Flor (Domingo, eu vou no Maracanã… Vou torcer pro time que sou fã…), aconteceu antes dos 1×7. Ainda tínhamos parâmetro.
Mas foi surpreendente a maneira como o Brasil encarou e venceu a Espanha, apontada ainda como a melhor seleção do mundo, apesar de os meses seguintes levarem a crer que a decadência da Roja já havia se iniciado. A Alemanha já iniciava seu reinado.
Mas mesmo a Alemanha ganhou de 1 x 0 da França e da Argélia na prorrogação. Se no tempo normal, a Argélia empatou com os alemães, quer dizer que enfiaria 7 x 1 no Brasil?
Claro que não é assim, matemático.
Assim como não é matemática julgar que a Argentina faria 6 x 1 ou 7 x 1 no Brasil se a seleção de Dunga avançasse às semifinais. A crise é latente, exige medidas rápidas e profundas, a ponto de solucionar logo esta nossa falta de referência.
Há dez anos, no dia 29 de junho, o Brasil goleou a Argentina por 4 x 1 de maneira surpeendente, para quem tinha jogado mal a primeira fase da Copa das Confederações. Há dez anos, o Brasil foi o último time, antes do Barcelona, a merecer a definição de jogo bonito.
Há treze, num dia 30 de junho, como ontem e como na final da Copa das Confederações, o Brasil venceu a Alemanha por 2 x 0 e foi pentacampeão. Um ano antes, muita gente julgava que o Brasil estava no fundo do poço, quando perdeu de Honduras nas quartas-de-final da Copa América.
Há muito a fazer. Muito… É o único jeito de sabermos melhor onde estamos no próximo dia 30 de junho.
30/junho/2015
ARGENTINA 6 x 1 PARAGUAI – 20h30
Local: Municipal Ester Roa (Concepción); Juiz: Sandro Meira Ricci (Brasil); Público: 29.205/ Gols: Rojo 14, Pastore 26, Barrios 42 do 1º; Di Maria 2, Di Maria 7, Aguero 35, higuain 37 do 2º; Cartão amarelo: Biglia
ARGENTINA: 1. Romero (6,5), 4. Zabalera (6), 15. Demichelis (6), 17. Otamendi (6,5) e 16. Rojo (6,5); 14. Mascherano (6,5) (5. Gago 32 do 2º (sem nota)), 6.Biglia (6) e 21. Pastore (8,5) (19. Banega 27 do 2º (6)); 10. Messi (8,5); 11. Aguero (7) (9. Higuain 36 do 2º (6,5)) e 7. Di Maria (8). Técnico: Gerardo Martino
PARAGUAI: 1. Villar (7), 5. Valdez (6), 14. Paulo da Silva (6,5), 4. Aguilar (5) e 2. Piris (4); 10. Derlis González (6) (7. Bobadilla 25 do 1º (5)), 15. Victor Cáceres (5), 13. Ortiz (5) e 11. Edgar Benítez (5); 18. Haedo Valdez (5,5) (21. Oscar Romero 10 do 2º (5,5)) e 9. Santa Cruz (4) (8. Barrios 30 do 1º (7)). Técnico: Ramón Díaz
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