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Coluna do PVC

O risco da tabela das eliminatórias e o susto da seleção em crise

PVC

25/07/2015 16h31

Acabou a mamata!

Não tem mais Bolívia na penúltima rodada e Venezuela em casa para lavar a alma e classificar para a Copa apesar do susto. Lembra de 2001?

Pois é, o Brasil já sofreu com o medo — mais do que com o risco — de não ir ao Mundial.

A diferença é que a seleção está em momento delicado e nós fazendo diagnósticos que aumentam o pessimismo, diminuem a confiança. Sair da crise exige trabalho coletivo, para o time montado diminuir deficiências individuais.

O Brasil jogará contra a Colômbia em casa, a Venezuela fora e o Chile em casa nas três últimas rodadas das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Por isso, terá de somar pontos suficientes para escapar do susto antes da 16a rodada.

Não vai ser simples.

Mas também não é a primeira vez que o Brasil começa as eliminatórias com receio. Em 1985, os maus resultados recentes contra a Bolívia, em La Paz (derrota em 1979) e contra o Paraguai (eliminação na semifinal da Copa América de 1979, classificação na moedinha na semifinal da Copa América de 1983) aliados à passagem ruim de Evaristo de Macedo pela seleção (três vitórias e três derrotas para Colômbia, Chile e Peru) davam medo de não se classificara para o Mundial do México.

O Brasil tirou o jogo contra a Bolívia de La Paz em manobra política que evidencia o receio de derrota. Venceu lá e também em Assunção por 2 x 0. Depois, empatou duas vezes por 1 x 1, contra Paraguai e Bolívia no Brasil, e classificou-se.

Sem susto.

Mas com algum receio antes das eliminatórias começarem.

A diferença neste ano é que o futebol virou domínio global e não há seleção na América do Sul que não possa sonhar disputar a Copa. Todas disputaram, menos a Venezuela, que deu sufoco na seleção de Dunga na Copa América do Chile.

 

Desculpem: o cancelamento do voo Delta 0059, de Atlanta para São Paulo, na quinta-feira à noite, atrasou meu retorno ao Brasil, depois da cobertura de Tigres 3×1 Internacional pelo Fox Sports. Por isso, nesta semana excepcionalmente não foi publicada a seção Informações e Palpites, que voltará normalmente na próxima rodada. Obrigado pela compreensão.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.