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Coluna do PVC

O Vasco comovente! E os outros personagens da noite de Copa do Brasil

PVC

27/08/2015 06h57

Vasco empata com o Flamengo e se classifica

O cruzamento de Nenê alcançou Rafael Silva no meio da grande área do Flamengo. A cabeçada saiu como um tiro, como só um jogador com confiança é capaz de fazer. E por que o destaque do gol da classificação vascaína é para a confiança do atacante bicampeão estadual, pelo Ituano em 2014, pelo Vasco em 2015? Porque foi o símbolo da passagem ruim de Celso Roth por São Januário.

Sabe do que estou falando? Sabe, sabe?

"Sabo!" O vazamento da bronca pública no vestiário pode ter minado a relação no vestiário e mais certamente matou a confiança do atacante, importante na campanha do estadual.

Neste ano, o Vasco disputou seis clássicos contra o Flamengo, venceu três, empatou dois e só perdeu na Taça Guanabara.

O técnico Jorginho exaltou o comportamento da torcida, que mesmo em minoria gritou mais alto e saiu festejando mais. A situação no Brasileirão ainda é dramática, nove pontos afundado na zona de rebaixamento. Mas o treinador acredita que pode escapar. O primeiro passo tem de ser recuperar a auto-estima da equipe e nisto a Copa do Brasil ajuda muito.

Só não vale dizer que Vasco x Flamengo é um campeonato à parte, porque é pouco para o tamanho do clube da colina.

O Vasco foi comovente, mas houve outros destaques na noite de Copa do Brasil na quarta-feira.

A atuação brilhante do Palmeiras no primeiro tempo do Mineirão, com Gabriel Jesus jogando o que a torcida do Palmeiras só tinha visto no youtube, antes de ele chegar ao time profissional.

O São Paulo da virada, com Thiago Mendes jogando o futebol que fez dele a revelação do Brasileirão de 2014, quando atuava pelo Goiás como segundo volante.

O Santos do lançamento de Lucas Lima no primeiro gol de Gabriel e da participação tática de Ricardo Oliveira, que desarmou, fez faltas, dificultou a saída de bola do Corinthians e fez o gol da vitória. Em 44 partidas do Corinthians em Itaquera, esta foi a quarta derrota — Figueirense, Guaraní, Palmeiras e Santos.

E também o Figueirense, apesar do rigor excessivo na expulsão de Leonardo Silva, que deixou o Atlético com dez contra onze homens por sessenta minutos. Atenção a Clayton, o Claytinho, do Figueira. Que belo atacante! O Atlético só venceu uma vez nas últimas cinco partidas. Pior do que isso, só o Cruzeiro, que perdeu metade dos 18 jogos sob o comando de Vanderlei Luxemburgo.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.