A grande polêmica da arbitragem. Sérgio Corrêa desmente influência externa

Quatro minutos e meio entre a expulsão do lateral-esquerdo Egídio, do Palmeiras, e a decisão da arbitragem voltar atrás e anular o cartão vermelho. E pronto! Voltamos à grande polêmica da arbitragem com influência externa.

Obviamente é possível perguntar por que os árbitros demoram tanto para tomar uma decisão correta e diferente da marcação original, se ninguém pode rever a jogada naquele momento.

E então, volta-se á discussão de Flávio Guerra e da expulsão de David Braz, por reclamação, no clássico Corinthians x Santos.

Especular é permitido, perguntar se houve influência externa também…. Mas, na minha opinião, é um equívoco dizer que isso é permitido por causa do caso Flávio Guerra.

Não.

Naquele episódio, o árbitro deu sua versão, o zagueiro também e não concordo com a teoria de que a imagem desmente o juiz. Porque a imagem mostra David Braz reclamando com o bandeira e sabe-se desde a primeira rodada que a CBF mandou expulsar por qualquer tipo de reclamação — até as menos agressivas. A expulsão pode ter acontecido exatamente como Flávio Guerra falou. Inquestionável apenas que os árbitros falarem a respeito do que acontece é sempre positivo.

Voltamos à questão de Chapecoense x Palmeiras. Só a ela.

Egídio não fez a falta, recebeu o cartão vermelho e seria injusto expulsá-lo. Voltar atrás foi um acerto, mas acertar é proibido se a influência externa acontecer. Até que a Fifa permita, não pode haver palpite de fora mesmo.

Mas sempre é melhor quando se acerta.

E por que se acertou demorando tanto para isso?

A consulta imediata foi ao diretor de árbitros, Sérgio Corrêa. "O quarto árbitro não tem autorização para usar telefone celular e não está usando. Não há influência externa. Sem o celular, quem poderia dizer que o trio errou? A imprensa dentro de campo? A imprensa local? Claro que não", diz Corrêa.

Ele dá a entender que está havendo mais comunicação entre o trio de arbitragem e isso significa a demora para tomar a decisão certa e não cometer o erro.

Se for só isso mesmo, é justo.