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Coluna do PVC

Novo presidente do São Paulo será conhecido antes de um mês

PVC

11/10/2015 10h28

A notícia de Guilherme Palenzuela é exclusiva e taxativa: Carlos Miguel Aidar formalizará sua renúncia terça-feira à noite. A carta de demissão encerrrará a maior crise política da história são-paulina. Não há paralelo no clube desde a fusão do velho São Paulo F.C., da Floresta, com o Clube de Regatas Tietê, em 1935 (*). Na coluna publicada na Folha de S. Paulo deste domingo, A Corrupção e o Futebol, falo sobre crises semelhantes em outros clubes. Jamais no São Paulo.

Em 18 meses de mandato, Carlos Miguel Aidar brigou com seu ex-aliado político, Juvenal Juvêncio, anunciou o tamanho de uma dívida enorme quando precisou atacá-lo, diminuiu seu tamanho quando sua gestão foi criticada por Abílio Diniz, e terminou acusado de corrução pelo seu vice-presidente. Uma decepção para quem se lembrava de seus primeiros quatro anos à frente do clube, período de paz política são-paulina, entre 1984 e 1988.

Na terça-feira, o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, receberá a carta de renúncia e terá trinta dias para convocar novas eleições. Mas já está claro que o prazo deve ser menor do que um mês. A ideia será convocar as eleições na segunda quinzena, após a formalização da demissão do presidente. Pode acontecer em vinte dias.

Há a hipótese de o próprio Carlos Augusto de Barros e Silva ser candidato único. O novo presidente terá 18 meses de mandato, até abril de 2017. Ou seja, completará o mandato de Aidar. Depois desse período, poderá concorrer para dois novos períodos. O estatuto do São Paulo permite uma reeleição, mas este período de carência atual, pós-renúncia, não entra nessa conta. Serve como um período de complemento para aplacar a crise institucional.

A maior crise institucional da história do São Paulo. F. C.

* Em 1935, o São Paulo F. C. fundiu-se com o C.R Tietê para impedir sua falência. Os sócios que não aceitaram a fusão saíram do C.R. Tietê e fundaram um novo clube, em 16 de dezembro de 1935. Com as mesmas cores, o mesmo uniforme e o mesmo nome, renasceu o São Paulo Futebol Clube, em 16 de dezembro de 1935.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.