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Coluna do PVC

Brasil teve postura mais ousada e mais jogo coletivo... contra a Venezuela

PVC

14/10/2015 00h05

O lance do primeiro gol do Brasil aconteceu aos 36 segundos de partida e seria cedo para ter certeza se a posição dos volantes seria mesmo mais ousada. Mas Elias errou um passe na meia direita e Luiz Gustavo roubou a bola à frente do grande círculo. Era positivo. Também foi muito boa a atuação de Willian, chamando a responsabilidade. O primeiro sinal também aconteceu no gol, aos 36 segundos.

Claro que a jogada que deu certo tão cedo pode ter dado a confiança necessária para empurrar o Brasil à frente. Os problemas continuaram aparecendo. Excesso de passes errados até os vinte minutos, o que aos poucos foi se acertando — no final do primeiro tempo já havia a porcentagem definitiva e baixa de erros, 6%.

Willian seguiu sendo o melhor em campo até o final, Luiz Gustavo foi o recordista brasileiro de desarmes, com três, e também foi à frente. Oscar estava muito mal, até fazer o corta-luz para o segundo gol, também de Willian. Então, soltou-se e fez boas jogadas até ser substituído, logo depois de perder o que seria o 3 x 0.

Lucas Lima entrou bem, o Brasil falhou na defesa e sofreu o gol de bola parada e então Douglas Costa fez o cruzamento para Ricardo Oliveira marcar pela seleção depois de dez anos. É o centroavante mais idoso a marcar pela seleção desde que Romário fez contra a Guatemala, no Pacaembu, em sua partida de despedida, aos 39 anos.

Não convence vencer a Venezuela por 3 x 1 e ter defeitos defensivos, falta de compactação em vários momentos. Mas o time foi mais sólido. Em vários lances, ainda assusta um jogador receber a bola sem opção de passe, mas em muitos momentos havia a solidariedade natural a uma equipe. Quem recebia tinha duas opções de passe.

É claro que a seleção ainda não existe, mas isso é parte de um trabalho de formação de equipe. Demanda tempo e ganho de confiança. Só a seqüência vai fazer surgir um time capaz de ser chamado de seleção brasileira.

 

brasil3x1venezuela

 

 

 

 

 

 

A jogada do primeiro gol: avanço dos volantes continuou depois

 

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.