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Coluna do PVC

Por que o São Paulo ganhou a concorrência para ter Calleri

PVC

19/01/2016 17h30

O Atlético julgava poder contar com o atacante Calleri, do Boca Juniors, por seis meses pagando US$ 420 mil. Era o que custaria toda a operação até o final da Libertadores, incluindo comissões para o Desportivo Maldonado, para os investidores que compraram o atacante e os salários em torno de US$ 80 mil — cotação máxima definida em R$ 4,50.  Na medida em que o negócio ganhou repercussão, os valores foram subindo. Na última conversa, o Atlético ouviu que teria de desembolsar US$ 1 milhão por todo o processo.

O custo desagradou ao presidente Daniel Nepomuceno, que tentou subir pouco a oferta inicial. Chegaria até US$ 500 mil ou algo em torno disso. O São Paulo garante que não chega nem perto de pagar US$ 1 milhão pelo contrato que vai até o fim da Libertadores.

A subida da pedida também tinha a ver com a definição de Jonathan Calleri de preferir o São Paulo pela conversa com o treinador Edgardo Bauza. Também por saber que terá mais chance de ser titular no Morumbi, onde o time não está montado. Na Cidade do Galo, está.

O processo todo começou com a compra do jogador por um grupo de investidores. Os jornais argentinos diziam que Calleri já tinha tudo certo com o Bologna, no início de dezembro. Semanas depois, o destino mudou e era certo que ele jogaria pela Internazionale. Também não funcionou, pela ausência de passaporte. No meio da semana passada, os jornais de Buenos Aires começaram a dizer que o destino poderia ser o Brasil, pela dificuldade para encaixá-lo na Europa.

Normalmente quando há problemas para encontrar o destino europeu é porque o jogador não tem mercado. Não é o caso de Calleri. No ano passado, o Boca Juniors disputou 44 partidas e Calleri jogou 37 — sete delas saindo do banco de reservas.Só o zagueiro Cata Díaz entrou em campo mais vezes. Fez trio de ataque pela esquerda, pela direita e pode ser centroavante, embora seja mais ponta-de-lança. Pelas pontas é o caminho mais lógico para sua escalação, mas entrando em diagonal e fazendo gols.

A contratação é excelente.

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Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.