A impressionante história de D'Alessandro no Internacional

Pense só em uma informação do currículo de Andrés D'Alessandro: ele esteve no Internacional pelos últimos oito anos. Agora relembre ídolos históricos dos clubes brasileiros nos últimos 25 anos. Gamarra, Luizão, Edílson, Marcelinho, Neto, Rivaldo, Edmundo, Romário, Dinho, Carlos Miguel, Guilherme, Marques, Fred… Qual deles esteve tantos anos seguidos no mesmo clube? Dos citados acima, quem chega mais perto é Fred, que chegou ao Fluminense em 2009. D'Alessadro é do Inter desde 2008.

E continuará sendo.

Quem pediu para sair, por causa do convite do River Plate — seu clube de formação e de cortação — foi o próprio D'Alessandro. O empréstimo lhe dá a chance de jogar a Libertadores e ele quer isso. Também gosta a ideia de voltar para o clube onde se formou, o River Plate.

Pelo River, chegou às semifinais da Libertadores em 2003, depois de ajudar a eliminar o Corinthians. Pelo Inter, foi campeão da Copa Sul-Americana, vice-campeão da Copa do Brasil, vice-campeão brasileiro, campeão gaúcho seis vezes, Campeão da Libertadores e da Recopa. Virou referência.

Só que a percepção até mesmo entre colorados ilustres, próximos à diretoria, é a de que D'Alessandro está cansado e sua presença atrasa a renovação necessária para a geração de Sasha e Valdivia. Não é por isso que sai, mas porque juntaram-se a proposta do River Plate, o desejo do jogador e a necessidade do Internacional.

Isso não exclui a percepção inicial. Vai-se um ídolo. Um jogador que passa oito anos no mesmo clube no Brasil, porque gosta do lugar o o clube gosta dele, é uma história para ser lembrada.