O caso Neymar não permite precipitação. Fatos importantes para entender
Toda vez que um caso ganha proporções enormes como o processo de Neymar é importante voltar no tempo para entender toda a questão. No dia 24 de janeiro de 2014, quando ficou claro que o Barcelona pagou 38 milhões de euros a mais do que havia declarado publicamente na compra, uma análise publicada na Folha de S. Paulo argumentava que pai, filho e família teriam de se explicar.
Explicaram-se.
Dias depois, Neymar pai entrou no programa Bate Bola da ESPN Brasil e detalhou, com este colunista do outro lado da tela, pedaço a pedaço da operação. Isso não significa que não possa haver o processo. Significa que é importante esperar até o final do imbróglio para ter a conclusão definitiva.
As conversas com advogados revelavam naquela época o que o Ministério Público desvenda agora, mas com visões diferentes. Os advogados argumentavam que não poderia haver fraude fiscal, porque o Santos liberou com carta assinada por Luis Alvaro e Neymar, por meio de seu pai, criou um conjunto de empresas, cada uma com finalidade diferente, para pagar impostos de acordo com cada atividade.
Só a análise tributária detalhada pode explicar se cada empresa pagou de acordo como que a lei permite ou não. A defesa de Neymar segue na mesma linha e aposta que todo o processo no final dará razão ao craque. É provável.
Há também duas questões importantes para entender sobre o processo. A cada semana, chega um relatório novo contra o Barcelona, o Santos e o jogador, normalmente vindo com dossiê ligado ao grupo Dis, que tem interesse no caso e mantém advogados no Brasil e na Espanha.
Outra questão é o processo todo correr em Madri. Em Barcelona, a crença é sempre de que os juízes de Madri não perdoam a escolha de Neymar.
Nada disto é conclusivo. Mas a conclusão mesmo só vai haver no final do processo e ainda vai levar um bom tempo.
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