Atlético quebra duas vezes hegemonia Real-Barça na Champions League

O Atlético de Madrid desde Diego Simeone é tão impressionante que foi capaz de chegar duas vezes à final da Champions League — e pela segunda vez com expectativa de enfrentar o Real Madrid — enquanto El Clásico, esperado entre Barcelona e Real, jamais aconteceu numa decisão do maior torneio de clubes do planeta. Desde a semifinal de 2011, quando o sorteio poderia ter indicado o cruzamento entre Real e Barça apenas na final, aguarda-se o confronto entre Cristiano Ronaldo e Messi, um de cada lado. E não aconteceu nem quando, ano passado, o Real Madrid precisava só fazer 1 x 0 na Juventus para avançar para a decisão contra o seu grande rival do momento.

Há cinco anos, o Atlético de Madrid era um clube de Liga Europa. Ganhou duas em 2010 e 2012. Não parecia ter investimento suficiente para superar seus rivais, que entre 2005 e 2013 sempre se revezaram nas duas primeiras posições do Campeonato Espanhol — exceção ao vice-campeonato do Villarreal em 2008, ano de título madridista.

Em 2014, o Atlético quebrou essa rotina com a conquista de seu primeiro título espanhol em 18 anos. Também chegou à final da Champions, depois de eliminar o Barça nas quartas-de-final, o que repetiu neste ano.

O crescimetno do Atlético de Madrid deve-se a associações com investidores como o agente português Jorge Mendes. Mas principalmente graças à capacidade de enxergar onde estão as oportunidades.

Contra o Bayern, o Atlético foi tímido no primeiro tempo e exagerou no direito de esperar o rival. Sofreu um pênalti defendido por Oblak, goleiro espetacular que Jorge Mendes ajudou a tirar do Benfica e levar ao Calderón, e sofreu o gol de Xabi Alonso que abriu a contagem.

Reagiu com um contra-ataque extremamente bem planejado e concluído por Griezzmann. Poderia ter vencido por margem maior se Fernando Torres convertesse o pênalti que Neuer defendeu. O Atlético não perdeu nenhuma vez na temporada por dois gols de diferença. E terá pela terceira vez a chance de jogar a final da Champions League. Desta vez com muto mais convicção de que pode vencer.