Tite reúne 70, 82 e 94 pela primeira vez na história da seleção

Tite chegou à sede da CBF na Barra da Tijuca e foi diretamente ao Museu da Seleção Brasileira, orgulho da gestão de Marco Polo del Nero. Passeou por ele, viu as réplicas das taças Jules Rimet e Fifa, emocionou-se. Ao responder sobre a visita e sobre o que ela representava, fez citações ao gol de Clodoaldo contra o Uruguai na Copa de 1970 e à campanha da seleção na Copa do Mundo de 1982 como marcos de sua emoção de torcedor do Brasil.

Foi a primeira vez que o Brasil reuniu 1970 e 1982 na mesma entrevista de um técnico da seleção. Mas Tite não descartou nenhuma conquista. Exaltou todas. É uma das diferenças em comparação com as últimas décadas.

Parreira, Zagallo e Dunga nunca fizeram referências a 1982 a não ser pela derrota. Dunga não exalta a derrota, mas reconhece o valor daquele time. Mas não desmerece a geração de 1994 nem o trabalho que Dunga deixou. Lembra 1970 pelo que representou para sua vida de torcedor. Emocionou-se.

É isso o que pode trazer de volta: emoção. A primeira entrevista coletiva de Tite foi ótima. Porque Tite foi absolutamente genuído. Foi ele mesmo.

A melhor resposta foi à pergunta de Alexandre Lozetti, do globoesporte.com, sobre seu ponto de vista a respeito da geração atual. São bons jogadores apenas com um único superlativo — Neymar — ou uma geração capaz de formar uma seleção. Ele respondeu que são ótimos jogadores e acima de tudo com potencial de crescimento.

O diagnóstico perfeito.

Tite é esperança.