Modesto Roma: "Intenção do Santos é manter Gabriel"
A inteção do Santos é manter Gabriel, o Gabigol. A definição foi dada em conversa telefônica pelo presidente do Santos, Modesto Roma. Ele diz que não tem encontro marcado com os agentes do jogador, ressalta que recebeu a proposta oficial da Juventus de 20 milhões de euros, mas julga difícil a venda para o clube italiano neste momento: "Há uma cláusula do contrato que me obriga a informar o jogador se eu receber uma oferta de 18 milhões de euros. Hoje temos esta oferta. Mas eu prefiro continuar com o Gabriel", diz Modesto Roma.
É muito difícil que Gabriel seja negociado pela proposta atual da Juventus. O Santos não abre mão de receber seus 18 milhões de euros. Gabriel não abre mão de receber 40% de um hipotético acordo. Como a Juve oferece 20 milhões de euros, Gabriel teria direito a 8 milhões. Neste caso, o clube ficaria apenas com 12 milhões. Modesto Roma não aceita e não é obrigado a vender, neste caso.
O Santos também segue com a ideia de que é melhor e mais lucrativo ter o jogador no elenco, para ganhar o Brasileirão e lutar pelo quarto título da Libertadores. "Isso me daria mais exposição", diz Modesto Roma. Daria também mais chance de conseguir novos contratos de patrocínio.
Por tudo isso, a intenção é manter Gabigol.
Além da Juventus, o Atlético de Madrid, o Chelsea e o Napoli fizeram sondagens sobre Gabriel, mas não enviaram proposta oficial. As negociações vão prosseguir e podem levar a acordo depois da Olimpíada, por causa da vontade de o atacante atuar na Europa. Mas dificilmente haverá um desfecho rápido.
Modesto Roma pensa da maneira correta. Manter o jogador pode significar muito mais conquistas, exposição e dinheiro para o Santos. Muita gente usa o exemplo de Neymar para dizer que o Santos sai no prejuízo quando não negocia rápido os jogadores que revela. Mas em nenhuma época depois de Pelé o Santos teve tanta exposição de sua marca nos mercados nacional e internacional, nem tantos títulos, quanto no período em que Neymar vestiu a camisa santista.
Assim como os clubes europeus contratam pensando em conquistar títulos, é tempo de os times brasileiros pensarem em não vender pela mesma razão: encher a sala de troféus.
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