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Coluna do PVC

O Brasil volta para casa e faz as pazes com seu povo

PVC

17/08/2016 14h23

O Brasil jogou 107 vezes no Maracanã e só perdeu sete. É menos de 6% das vezes e a última derrota aconteceu distantes dezoito anos atrás, para a Argentina. Em 18 anos, seis jogos apenas. Um pecado! Assim como na final da Copa das Confederações de 2013, quando o Maracanã virou festa ao som de "Domingo, eu vou ao Maracanã, vou torcer para o time que sou fã…", o jogo contra Houduras serviu como retorno para casa da seleção brasileira. Ninguém é capaz de negar que o lar da grande seleção do planeta sempre foi o Maraca.

Para voltar em paz diante de seu povo, Neymar usou o gramado como seu palco e fez um primeiro tempo irretocável. Do primeiro lance, aos 10 segundos, colocando a bola na rede ao aproveitar o passe errado de Johnny Palacios — jogador com experiência em Copa do Mundo em 2010.

Neymar foi tudo. Honrou a camisa 10 como se fosse um ponta-de-lança do passado e deu passe de meia-armador ao deixar Gabriel Jesus frente a frente com o goleiro López. Só não participou da jogada do segundo, marcado por Gabriel Jesus, em passe de Luan, para mostrar que a seleção poderá ser jamais de um craque só.

O segundo tempo seria só para administrar, mas foi mais do que isso, por causa do gol de Marquinhos aos 5 minutos, pelo chapeu de cabeça de Gabigol no lateral Garcia, pela jogada de Rafinha e Felype Anderson no quinto gol marcado por Luan.

Jogar contra Honduras não é medida para o que se verá no sábado, mas é importante comparar o o Brasil das semifinais com o Brasil da fase de grupos. Melhorou muito. Melhora mais ainda voltar para casa.

 

SEMIFINAIS

17/agosto/2016

BRASIL 6 x 0 HONDURAS – 13h

Local: Maracanã (Rio de Janeiro); Juiz: Ovidiu Hategan (Romênia); Octavian Sobre, Sebastian Gheorge; Gols: Neymar 10 segundos, Gabriel Jesus 25, Gabriel Jesus 34 do 1o; Marquinhos 5, Luan 33, Neymar (pênalti) 46 do 2o Cartão amarelo: Acosta (20'), Vargas (23'), Paz (13'), Espinal (28')

BRASIL: 1. Wéverton (6), 2. Zeca (5,5), 4. Marquinhos (6,5), 3. Rodrigo Caio (6,5) (14. Luan Garcia 11 do 2º (6)) e 6. Douglas Santos (6); 12. Walace (5,5) e 5. Renato Augusto (6,5) (8. Rafinha 30 do 2º (sem nota)); 9. Gabriel (6,5), 10. Neymar (9) e 11. Gabriel Jesus (8) (17. Felype Anderson 22 do 2o); 7. Luan (7,5). Técnico: Rogério Micale

HONDURAS: 1. López (5), 2. Paz (4), 3. Pereira (4,5), 8. Palacios (3), 5. Vargas (4) (10. Salas, intervalo (5)) e 16. Garcia (4,5); 17. Ellis (5,5), 6. Acosta (5) (15. Banegas 26 do 2º (4,5)), 11. Espinal (5) e 12. Quiotto (5,5); 9.Lozano (4) (13. Benavidez, intervalo (3,5)). Técnico: Jorge Luis Pinto

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.