Diminuir investimento no São Paulo foi exigência do Conselho a presidente
O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva deve apresentar ao Conselho Deliberativo do São Paulo, na próxima segunda-feira, números expressivos de diminuição dívida. Fala-se em 35% de queda na dívida privada do Tricolor, que explodiu nos últimos cinco anos. Os débitos públicos estão controlados pela Lei de Responsabilidade, à qual o São Paulo aderiu. A fragilidade do time no Campeonato Brasileiro é o calcanhar de aquiles da gestão de Leco. A formação do elenco sem investimentos em contratações em janeiro, quando os cofres estavam vazios, o desmanche pós Libertadores, com as saídas de Ganso, Calleri, Edgardo Bauza, Alan Kardec e Centurión, e as constantes rupturas com trocas freqüentes de treinadores — doze em oito anos — explicam a crise.
Há outra razão. No final do ano passado, no auge da crise econômica, o Conselho Deliberativo aprovou orçamento sem folga e com compromisso rídigos para a diretoria. A exigência foi de corte de R$ 10 milhões anuais da folha de pagamento, o que representava 20%. Em janeiro, o São Paulo tinha apenas quinze jogadores no elenco. Sem dinheiro, os reforços do início do ano chegaram sem custo: Mena, Calleri, Lugano, Kelvin. Maicon chegou por empréstimo e só foi contratado em definitivo depois da assinatura do novo contrato de TV. Kieza foi o único com custo de R$ 4 milhões. O dinheiro foi recuperado depois de o atacante dizer que pretendia transferir-se para o Vitória.
A crise são-paulina não é de hoje. Vem de longe, das trocas de elencos e treinadores. Só um título desde o tricampeonato brasileiro de 2008, ainda no segundo mandato de Juvenal Juvêncio. Culminou com a renúncia de Carlos Miguel Aidar e a eleição de Leco para um mandato de apenas um ano e meio.
A gestão atual tem culpa. Isso inclui o Conselho Deliberativo, que definiu os compromissos financeiros a cumprir.
Com a redução da dívida e o novo contrato de televisão, o São Paulo terá condição de fazer uma campanha de reforços mais ousada em janeiro. A análise da diretoria atual é a de que o time não está pronto para ser campeão, e isso inclui a Copa do Brasil. No ano que vem, precisa ser diferente.
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