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Coluna do PVC

Seleção valente e talentosa vence em Quito depois de 33 anos

PVC

01/09/2016 20h05

O Brasil foi seguro do início ao fim do jogo em Quito. Não que tenha sido brilhante no primeiro tempo. Foi valente. O jogo era difícil demais e só seria vencido com copromisso tático do início ao fim. Tite conseguiu isso. O time compacto defensivamente, com Renato Augusto e Paulinho um pouco à frente de Casemiro e muita marcação. Dois contra-ataques timidamente puxados na primeira etapa, mas pouco risco para Alisson.

Não seria suficiente sair de Quito com o empate. No segundo tempo, a segurança persistiu e Neymar assumiu a postura de líder da equipe, como fez na semifinal e final da Olimpíada. E Gabriel Jesus… Glória, glória aleluia… Primeiro roubou a bola de Mina e sofreu pênalti., Depois fez um gol de letra escorando o cruzamento de Marcelo. Por último, colocou na rede o passe oferecido pelo contra-ataque de Neymar.

Estrear com dois gols na seleção é coisa rara. Mais fácil neste momento é dizer quem não conseguiu: Romário, Ronaldo, Bebeto, Jairzinho, Tostão, Garrincha, Zico, Roberto Dinamite, Vavá, Ademir de Menezes, Zizinho, Jair Rosa Pinto, Ronaldinho Gaúcho, Robinho, Adriano, Kaká, Rivaldo, Sócrates… Nenhum deles.

O último tinha sido Roger, do Fluminense, no amistoso contra o Haiti, em 2004.

A seleção foi valente e traria o empate de Quito se fosse apenas isso. Foi mais. A atuação de Gabriel Jesus junto com Neymar e com a boa entrada de Phillippe Coutinho demonstram que o problema do Brasil não é falta de talento. É questão de tempo para ver a seleção com Tite voltar a ser vista como candidata a tudo o que dispute.

1/setembro/2016

EQUADOR 0 x 3 BRASIL – 18h

Local: Atahualpa (Quito); Juiz: Enrique Cáceres (Paraguai); Público: 34.887; Gols: Neymar (pênalti) 25, Gabriel Jesus 39, Gabriel Jesus 45 do 2º; Cartão amarelo: Miller Bolaños, Montero, Dominguez, Paredes, Paulinho; Expulsão: Paredes 29 do 2º

EQUADOR: Alexander Dominguez (5,5), Paredes (4), Achillier (5,5), Mina (4) e Walter Ayoví (5,5); Noboa (5) e Gruezo (5); Enner Valencia (5,5), Montero (6) e Miller Bolaños (6); Felipe Caicedo (4,5) (Ibarra 23 do 2º (5)). Técnico: Gustavo Quinteros

BRASIL: Alisson (6,5), Daniel Alves (6,5), Marquinhos (7), Miranda (6,5) e Marcelo (7); Casemiro (6,5); Willian (5,5) (Coutinho 18 do 2º (7)), Paulinho (6), Renato Augusto (6) e Neymar (8); Gabriel Jesus (8,5). Técnico: Tite

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.