Leila Pereira diz que votou com matrícula de 1996
A presidente da Crefisa, Leila Pereira, alega ter votado na eleição para presidente do Palmeiras, em novembro, com sua própria matrícula, do ano de 1996. Além de sua chapa ter sido impugnada para a eleição do Conselho Deliberativo, que acontecerá em fevereiro, há uma dúvida sobre como ela pôde votar para presidente. O direito é restrito a sócios há mais de três anos e ela afirmou em entrevista ao Diário de S. Paulo que "tornou-se sócia recentemente." Votar com carteirinha de outro associado é proibido.
Leila está nos Estados Unidos e a declaração sobre seu voto ter sido realizado com sua própria matrícula foi dada por meio de sua assessoria. Na viagem, ela não levou a carteirinha do clube, o que inviabiliza, neste momento, ter o número exato do documento com o qual ela alega ter votado.
Leila Pereira não é sócia desde 1996. Não há documentação no clube que confirme isso. Mas há uma chance de ela estar falando a verdade sobre o uso da matrícula para votar para presidente.
Segundo informações de dentro da Sociedade Esportiva Palmeiras, o departamento financeiro avalizou, a pedido do ex-presidente Mustafá Contursi, uma matrícula retroativa. Isto com base na declaração de Mustafá de que ela foi beneficiada com um título benemérita há 20 anos, junto com Josefina Farah, esposa do ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah.
A matrícula retroativa é irregular, não dá direito a voto para presidente, nem à candidatura ao Conselho Deliberativo. Mas explica por que ela conseguiu votar no pleito de novembro. Neste caso, o voto de Leila Pereira para presidente seria anulado, porque o documento é irregular. Mas a eleição não corre risco.
A oposição também já se manifestou e afirma não discutir o pleito em que Maurício Galiotte foi eleito. Desde o princípio, a oposição do Palmeiras teve posição madura. Afirmou não ver condição de concorrer contra Galiotte neste ano e prepara uma candidatura forte para daqui a dois anos. Mas não discute a legalidade da eleição nem a capacidade de Galiotte exercer seu mandato.
O que está em questão é a possibilidade legal de Leila Pereira candidatar-se a conselheira em fevereiro.
O interesse de Mustafá Contursi em tê-la como candidata é óbvio. Na eleição do Conselho Deliberativo, um candidato carrega votos para toda a chapa. Leila Pereira tem apoio de parte da Mancha Alvi-Verde e provavelmente carregaria muitos votos. Isto ajudaria a eleger uma série de candidatos de nível baixo apoiados por Mustafá Contursi. É uma hipótese de aumentar o poder de influência do ex-presidente no Conselho. Há anos, discute-se a necessidade de melhorar o nível médio dos conselheiros do clube.
Até que se confirme que Leila Pereira tem uma matrícula de 1996 e que o documento não foi emitido de maneira retroativa, a candidatura da presidente da Crefisa está impugnada.
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