Gabriel Jesus coloca Manchester City na Champions League

Quando Oswaldo de Oliveira reclamava de a torcida do Palmeiras pedir Gabriel Jesus, antes mesmo de ter estreado, em 2015, muita gente deu razão. A arquibancada só reproduzia a ansiedade de quem havia passado um ano inteiro olhando seus gols no youtube. Era precoce mesmo. Até que o menino começou a jogar, virou titular, foi campeão da Copa do Brasil na ponta-esquerda, campeão brasileiro como centroavante.

É claro que é cedo para saber o que vai acontecer com ele na Europa. Mas é muito melhor ver que alguém sai do Brasil jogando em alto nível e chega à Premier League ganhando a posição de Aguero — o terceiro maior goleador da história do Manchester City — do que assistir ao que acontece com Gabriel, Gabigol, na Internazionale.

Gabriel Jesus é um talento. Mostrou isso outra vez contra o Swansea. O jogo deveria ter sido mais fácil do que contra o West Ham, porque o Swansea está em 17o lugar e o West Ham em nono. Foi mais difícil, porque o City realizou contra o West Ham, fora de casa, sua melhor partida na temporada. E não jogou bem contra o Swansea.

Gabriel Jesus jogou. Primeiro foi puxado na grande área. Atirou-se em seguida, mas o início do choque pareceu pênalti. Depois, fez um gol de oportunismo, posicionando-se atrás dos zagueiros à espera da definição da jogada de Sané. Por último, quando a partida estava empatada e nos acréscimos, aproveitou cruzamento de David Silva, cabeceou e aproveitou o rebote. Dois gols na vitórias que coloca o Manchester City em terceiro lugar, agora na zona de classificação para a Liga dos Campeões.

Na Premier League, são dois jogos como titular e três gols. Com Aguero no banco.

Pode não ser para sempre. Mas o início exige que se preste atenção em Gabriel Jesus.