Oportunidade para São Paulo, Palmeiras e Santos
Existe no Brasil um conformismo crônico. É o que faz todo dia alguém justificar ausência de público num estádio com alegações como "foi às 22h", ou "foi às 11h da manhã…" Há alguns anos, é o que acontece com as pesquisas que se repetem apontando que 25% da população brasileira não torce para clube nenhum. A cada pesquisa, aponta-se como uma surpresa e ninguém faz nada para mudar isso.
A pesquisa DataFolha desta terça-feira reforça que o Corinthians tem 36% da torcida paulistana, o que representa o total de são-paulinos, palmeirenses e santistas.
Só que além dos 19% de são-paulinos, 12% de palmeirenses,, 5% de santistas, há também 24% que não torcem para clube nenhum.
Em vez de se conformar, as diretorias de São Paulo, Palmeiras e Santos precisam agir.
Nos anos 1980, quando a pesquisa Placar-Gallup, de 1983, mostrou o São Paulo como a sétima torcida do Brasil, abaixo de Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Vasco, Santos e Atlético, a direção tricolor moveu-se. Na época, era a terceira no estado de São Paulo, acima do Santos, para quem perdia em termos nacionais.
A partir de 1984, o São Paulo passou a fazer o Expressinho viajar o interior e jogadores seus visitarem escolas públicas, assim como escolas visitavam o Centro de Treinamento. Era um trabalho de fortalecimento da torcida do São Paulo na periferia. O Tricolor deixou de ser um time da elite, passou a ter torcida pesada em Heliópolis, em Paraisópolis, no Capão Redondo, nos limites da zona sul.
Se há 24% da população que não torce para nenhum clube, significa que há potencial de crescimento enorme. Basta trabalhar para aumentar a base de torcedores.
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