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Coluna do PVC

O talento que o dinheiro russo não compra

PVC

21/06/2017 14h01

Portugal começou no ataque e um cruzamento de Raphael Guerreiro chegou a Cristiano Ronaldo para marcar logo aos nove minutos de partida. A partir daí, Portugal recuou. Fernando Santos disse na terça-feira que prefere ser campeão da Europa a jogar bonito. Resposta a quem critica o estilo de sua seleção, que possui o melhor jogador do mundo, mas joga com duas linhas de quatro homens, meio-de-campo composto por três homens com características de marcação — William Carvalho, André Gomes e Adrien, só com Bernardo Silva aberto pelo lado direito para levar a bola ao ataque.

O primeiro tempo da Rússia foi pior. O técnico Cherchesov armou um sistema tático igual ao do Chelsea, um 5-4-1 que deveria se transformar em 3-4-3 quando tivesse a bola.

Na defesa, cinco homens: Samedov, Dzikhiya, Vasin, Kudryashov e Kombarov; No meio-de-campo, mais quatro: Golovin, Shiskin, Glushakov e Zhirkhov; Só Smolov no ataque.

Poderia funcionar se os laterais Samedov e Kombarov subissem e empurrassem os pontas Golovin e Zhirkov. Não aconteceu.

Só melhorou  no segundo tempo, quando Cherchesov trocou o volante Shiskin pelo meia Erokin. Aí, os russos avançaram as linhas e pressionaram Portugal. Poderiam empatar a partida não fosse a fraqueza do atacante Smolov.

A Rússia é a única seleção que tem todos os jogadores jogando dentro de seu próprio país. Não resolve. A seleção não chegará como favorita contra o México, na briga pelo segundo lugar de sua chave.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.