Com demissão de Roger Machado, são onze mudanças no Brasileirão

Roger Machado não é mais o técnico do Atlético. Acaba de se despedir dos jogadores no vestiário e deixa o clube depois de perder 16 pontos no Horto. A derrota para o Bahia foi fundamental para a troca. Se tivesse somado 100% dos pontos em casa, o Atlético seria vice-líder, um ponto atrás do Corinthians.

Roger Machado chegou ao Atlético em janeiro, foi campeão mineiro e deixa o clube com 22 vitórias, 9 empates e 10 derrotas no ano. O aproveitamento foi abaixo do que se esperava. Difícil defender a permanência num país em que se troca de técnico como se troca de camisa.

O Atlético não tem pressa para decidir o novo treinador. Já se fala em Rogério Micale, mas a decisão deve demorar alguns dias. O mais provável é que o técnico contra o Vasco seja Diogo Giacomini, interinamente.

Com a saída de Roger Machado, são onze mudanças de treinador em 15 rodadas de Brasileirão. O índice é um pouco abaixo dos anos anteriores, quando uma troca acontecia a cada rodada. Mas o índice ainda é alto. Incrível também esta imprensa — nós — temos comportamento completamente diferente em relação ao que acontece no exterior e no Brasil.

Manter José Mourinho no comando, apesar de terminar o Campeonato Inglês em sexto lugar é lindo. Ele ganhou a Liga Europa também. Manter no Brasil parece pecado mortal, como se também a imprensa acreditasse na velha máxima de que mudar de técnico muda o estado de espírito e os resultados.

Das onze mudanças, só Levir Culpi e Vanderlei Luxemburgo conseguiram mudar o patamar dos times que assumiram. O Santos estava em 15o lugar e está em terceiro. O Sport era o 12o colocado, está em sétimo.

Atlético Goianiense – Marcelo Cabo (4 jogos, 20º lugar), Doriva (20. lugar)

Atlético Paranaense (2) – Paulo Autuori (2 jogos, 19º lugar), Eduardo Baptista (19º lugar, 14º lugar), Fabiano Soares (16o lugar)

Bahia – Guto Ferreira (3 jogos – 13º lugar), Jorginho (12º lugar)

Chapecoense – Vágner Mancini (11 jogos, 14º lugar), Vinícius Eutrópio (13o lugar)

Coritiba – Pachequinho (15 jogos, 13º lugar), Sem definição do novo treinador

Santos – Dorival Júnior (4 jogos – 15º lugar), Levir Culpi (3o lugar)

São Paulo – Rogério Ceni (11 jogos – 17º lugar), Pintado (interino), Dorival Júnior (17o lugar)

Sport – Ney Franco (2 jogos, 18º lugar), Daniel Paulista (interino), Vanderlei Luxemburgo (12º lugar)

Vitória – Petkovic (3 jogos, 18º lugar), Alexandre Gallo (18º lugar)