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Coluna do PVC

O monstro da defesa e outros destaques do domingo

PVC

23/07/2017 18h56

A rodada da consagração do escanteio longo, em detrimento do curto, porque teve gols assim do Corinthians e do Palmeiras. O corintiano nasceu de passe de Giovanni Augusto, um dos 31 cruzamentos feitos pelo time de Fábio Carille, que errou 27. Giovanni acertou a cabeça de Balbuena, que subiu mais do que Henrique e fez 1 x 0.

Mas foi na defesa que o zagueiro paraguaio cumpriu sua parte. Pedro Henrique desarmou três vezes, Balbuena espalhou dez bolas para longe da grande área defendida por Cássio. Numa delas, deu aula ao obrigar Richarlison a desviar seu caminho em direção ao gol e levá-lo até a linha lateral, onde a bola foi recuperada pela defesa corintiana.

O Corinthians chega à 16a rodada sem derrota, recorde igualado com o Flamengo de 2011. Pode aumentar a diferença para o segundo colocado, se o Grêmio não vencer o São Paulo na segunda-feira à noite, no Morumbi.

A rodada não teve apenas o monstro da defesa, na vitória corintiana sobre o Fluminense, no Maracanã.

Teve também o triunfo do Santos, terceiro colocado, acima do Flamengo, e há quatro rodadas sem sofrer gol. Razão pela qual Levir Culpi exaltou mais o desempenho do time do que da estrela da partida, Bruno Henrique, autor de três gols.

A sinceridade de Levir Culpi pode custar caro, por criticar abertamente o personagem da partida. Nem a opinião pública vai avalizar sua declaração com um jogador que, no mínimo, ajudou a resolver a vitória. Nem o vestiário vai olhar com bons olhos, sabendo que ao menor descuido o nome pode ser citado em vão com palavras pouco elogiosas pelo chefe.

Sinceridade é bom, mas em excesso pode ser prejudicial à saúde do treinador.

O Flamengo já havia vencido no sábado e segue na quarta colocação, de novo sem ser convincente. O segundo tempo foi de sofrimento reconhecido pelo técnico Zé Ricardo. A vitória veio pela boa atuação de Éverton Ribeiro e pelo drible de Vinicius Júnior, que sofreu o pênalti do segundo gol.

O Palmeiras começou melhor do que o Sport e deu espaço depois do meio da primeira etapa. Vanderlei Luxemburgo marcava o escanteio curto usado por Cuca, nos últimos jogos. Razão pela qual, Egídio cobrou o escanteio longo e Bruno Henrique desviou para fazer 1 x 0. Depois, o mesmo Bruno Henrique deu o passe para Keno fazer 2 x 0.

O time de Cuca não perde há três jogos. Bem melhor do que há dez dias, quando colecionava três derrotas seguidas. Só que na Copa do Brasil, quarta-feira, Bruno Henrique não joga. Nem Mayke.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.