A contradição do Brasileirão
Ao mesmo tempo em que times como Grêmio, Botafogo e Santos preservam titulares e entregam a sensação de que o Brasileiro já é do Corinthians, à medida em que os jogos às quartas-feiras, jeito de final, têm estádio cheio e os domingos palcos vazios, aumenta a percepção de que o Brasileirão está perdendo a guerra para os mata-matas nesta primeira temporada com competições sobrepostas até dezembro.
O Corinthians lidera, entre outras razões, porque prioriza o Brasileiro. O Grêmio distancia-se porque privilegia a decisão mais próxima, como contra o Cruzeiro na próxima quarta-feira.
Não é bom. Está clara a necessidade de se tomar alguma providência para o próximo ano, ainda que seja também necessário lembrar de que este é o primeiro ano assim e o próximo pode revelar diferenças. Por exemplo, se o líder do Brasileirão estiver nas finais da Libertadores e tiver de equilibrar as duas competições simultâneas.
A contradição é que, apesar do Brasileirão ter domingos vazios e os mata-matas contarem com quartas-feiras cheias, a média de público das primeiras vinte rodadas aumentou. São 15.800 por partida, contra 14.400 no ano passado. O crescimento é de 9,7%. Se isto se mantiver até o final do ano, a média pode alcançar 18.700 por partida, a maior desde a Copa União de 1987.
Isto não exclui a necessidade de se pensar sobre o que fazer. O Brasileirão precisa ser percebido como a principal competição dos clubes brasileiros, por técnicos, dirigentes, jogadores, torcedores. É isto o que fará com que, na dividida, escalem-se reservas em outras competições, não no Brasileirão.
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