Alemanha, Itália e Espanha iniciam temporadas com inimigo comum: hegemonia
O Bayern gastou 110 milhões de euros para contratar o volante francês Tolisso, do Lyon, o zagueiro Sule e o volante Rudy, do Hoffenheim, 10 milhões destes apenas pelo empréstimo de James Rodriguez, por dois anos. Para se ter uma ideia do que isto representa, o Borussia Dortmund gastou 42 milhões de euros em reforços e o Leipzig, em torno de 40 milhões. O dinheiro do Bayern é muito maior e isto reflete-se em títulos nos últimos cinco anos.
Já foi diferente. No início da década de 1990, por cinco temporadas consecutivas, foram cinco campeões diferentes. A última vez. Kaiserslautern em 1991, Stuttgart em 1992, Werder Bremen, em 1993, Bayern e 1994 e Borussia Dortmund, em 1995.
O contra-ponto é que o equilíbrio daquele tempo contrastava com a crise de público na Alemanha. Havia média de 24 mil pessoas por partida. Hoje, com 43 mil por jogo, a Bundesliga carrega mais gente para os estádios do que qualquer outro torneio.
Carlo Ancelotti conduz o Bayern, que deve ter como principais adversários o Borussia Dortmund, agora dirigido por Peter Bosz, vice-campeão da Liga Europa pelo Ajax, e Leipzig, da dupla Forsberg e Timo Werner, agora também com Augustin, ex-Paris Saint-Germain.
Na Itália, nunca houve hegemonia igual à da Juventus. Hexacampeã italiana, 33 escudetos, sem contar os trofeus cassados de 2005 e 2006, a Juve não tem perseguidores. A Roma, dirigida por Eusebio Di Francesco, parece o mais forte. Mas nos últimos anos nem ela, nem o Napoli, de Maurizio Sarri, conseguiram transformar qualidade em campo em pontos suficientes para ameaçar a Juve.
Massimiliano Allegri perdeu Bonucci, ganhou De Sciglio e Matuidi. Milan e Internazionale têm dinheiro chinês. Ainda não se vê o reflexo no campo, apesar do bom início de temporada do Milan, com três vitórias na fase preliminar da Liga Europa e com goleada por 4 x 0 sobre o Bayern, na pré-temporada.
Na Espanha, o problema não é a hegemonia. Mas a perspectiva dela, depois de o diário Marca decretar que se iniciou a Era Madrid. É precoce dizer. O que se vê é que o Barcelona não está igual e até mesmo Piqué admitiu que, pela primeira vez em nove anos, se vê em condição de inferioridade em comparação com o Real Madrid.
Vale atenção ao Atlético de Madrid, invicto na pré-temporada, com três vitórias e três empates. A partir de setembro, jogará no seu estádio, o Wanda Metropolitano. Pode ser uma motivação extra para tentar seu décimo-primeiro título espanhol.
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