Cícero salva Grêmio de armadilha do Lanús
O plano de jogo estabelecido por Renato Gaúcho previa subir a marcação para dificultar o jogo de posse de bola do Lanús.
Mas até mesmo o departamento de análise de desempenho do clube já havia alertado para o risco. O Lanús não joga com três zagueiros, mas num 4-3-3. Só que sua saída de bola é lavolpiana, com três homens. Marcone recua, aproxima-se de Garcia e Braghieri, chama os dois laterais para perto e troca passes desde o campo defensivo. A maior média de posse de bola da Libertadores, 61%, dá-se muito na defesa.
Cortar a linha de passe do Lanús era a estratégia. O problema: Barrios e Luan não roubam no ataque.
Cercam, apenas.
O desenho do primeiro tempo foi extremamente favorável ao Lanús por causa disto. O time argentino teve 47% com a bola no pé, mas só 9% do meio-de-campo para a frente.
O Grêmio só roubou a bola no ataque duas vezes, nenhuma delas com Luan ou Barrios. Foi com Ramiro e Arthur, as duas interceptações de passes errados do goleiro Andrada. A segunda só não virou gol de Arthur, porque faltou calma para finalizar.
O desgaste do Lanús talvez tenha sido responsável pela subida de produção do Grêmio na segunda etapa. O Grêmio seguiu finalizando muito pouco. Uma só no alvo, chute de Jael da intermediária. Mas cortou a troca de passes argentina e, por isto, cercou muito mais a grande área argentina.
Pouco produtivo até os 37 minutos do segundo tempo, quando Edílson lançou da intermediária e Luan deslocou de cabeça para deixar Cícero frente a frente com Andrada. Cícero só entrou no lugar de Jaílson, porque este já tinha cartão amarelo e mereceu o vermelho em sua última jogada em campo.
O Lanús não foi defensivo, como muita gente esperava. Passou pouco do meio-de-campo, mas tratou de cuidar dos passes e da bola como se fosse ouro. Finalizou duas vezes com perigo, uma com Martínez, outra numa cabeçada de Braghieri, grande defesa de Marcelo Grohe.
A vitória foi merecida pela postura ofensiva, mas houve risco, por causa da falta de capacidade do Grêmio para cortar a rota dos passes do Lanús. Isto precisa mudar na semana que vem. Roubar a bola no campo de ataque é fundamental. Luan e Barrios precisam melhorar neste aspecto.
Abaixo, como a defesa do Lanús fazia a bola sair da defesa para o ataque, não necessariamente na ordem das setas, mas com Marcone posicionado entre os zagueiros — saída Lavolpiana, como dizem na Argentina.
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