Demissão de diretor mostra Santos perdido com novo presidente
Desde a primeira semana após sua eleição, José Carlos Peres parece não acreditar que ganharia a eleição para a presidência do Santos.
No dia seguinte ao pleito, afirmou que antes de contratar o técnico, anunciaria o diretor. Já tinha dois nomes engatilhados, de acordo com sua própria declaração.
Não tinha nenhum.
Convidou Rui Costa, da Chapecoense, e recebeu negativa, entre outras razões, porque não inspirava confiança em seu projeto. Também porque a oferta salarial era inferior ao que a Chape paga ao dirigente.
O Santos paga menos.
Na seqüência, recebeu Não de Diego Cerri, do Bahia.
Gustavo Oliveira foi contratado e trabalhou bem nos 45 dias à frente da direção do Santos. Foi de Gustavo Oliveira a descoberta do meia Zelarayan. O negócio travou por uma razão objetiva: não há dinheiro. O River Plate ofereceu o dobro do Santos queria pagar e foi necessário tempo para tentar convencer o jogador de que seria melhor vir ao Brasil. Trellez recebeu oferta santista de R$ 2,4 milhões. O São Paulo pagou três vezes mais.
Nos 45 dias em que conduziu o departamento de futebol do Santos, Gustavo Oliveira contratou o técnico Jair Ventura, o meia Sasha e o atacante Gabriel. O melhor resultado até agora, a vitória no clássico contra o São Paulo, teve a estratégia definida por Jair Ventura, o passe de Sasha e o gol de Gabriel.
O lateral-esquerdo Dodô faz exames médicos e o presidente não aprova sacramentar o negócio.
E o presidente anuncia a demissão do diretor de futebol sem dar a ele nem sequer um telefonema.
Demitir o executivo do futebol escolhido há apenas 45 dias é erro do presidente. Ou porque não deveria demitir. Ou porque errou ao contratar. Nas duas hipóteses, o presidente é culpado.
Nas próximas semanas, a cobrança por velocidade no departamento de futebol deve ser feita a José Carlos Peres.
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