Peres diz a Conselho que convidou Autuori para ser técnico

O presidente do Santos, José Carlos Peres, disse em reunião do Conselho Gestor que convidou Paulo Autuori para ser o novo treinador do Santos. A história é confirmada por integrantes do conselho, que participaram da última reunião. O Fluminense já sabe da consulta a Paulo Autuori, mas entende que o convite é para ser diretor-executivo.

Autuori foi de fato contactado no mês passado e o contato telefônico persiste. Na visão de quem está próximo ao diretor do Fluminense, o convite é para assumir um cargo de direção, que auxilie na transição do trabalho das divisões de base com os profissionais. Autuori já afirmou mais de uma vez que não voltará a ser técnico no Brasil.

Também não pretende deixar o Fluminense.

Há uma incrível contradição entre o discurso de José Carlos Peres para o Conselho Gestor com o que os dirigentes do Fluminense têm de informação. Autuori dificilmente deixará as Laranjeiras. Mas conversaria para ser diretor, ainda que seja difícil a transferência.

Além de Autuori, Peres falou no Conselho Gestor sobre o nome de Levir Culpi.

Autuori seria boa opção para o cargo deixado por Gustavo Oliveira, como diretor, mas numa função diferente. Ele não é executivo. Trabalha na montagem do departamento de futebol e na transição das divisões de base com os profissionais.

Nada a ver com o trabalho de Gustavo de Oliveira.

O cargo de técnico é ocupado por Jair Ventura, por quem o Santos pagou R$ 800 mil pela multa de rescisão com o Botafogo. Não faz sentido trocar o comando dois meses depois, com o Santos em segundo lugar na classificação geral do Campeonato Paulista, com o melhor ataque e a melhor defesa.

Desde a demissão de Gustavo Oliveira, todos os dirigentes santistas relatam a dificuldade de lidar com o atual presidente. Toma decisões solitariamente, não consulta seus pares, isola-se no poder e troca departamentos estratégicos como se pudesse, sozinho, controlar tudo.

Não há no futebol brasileiro um exemplo recente de um time vencedor com um presidente que seja um exército de um homem só.