A noite dos campeões
Há muita coisa para discutir sobre cada decisão. O pênalti não marcado a favor do Palmeiras tem, na maioria, opiniões favoráveis ao árbitro. Mas o lance é duvidoso demais para se descartar a decisão inicial do árbitro, com a opinião de quem está a 50 metros de distância. O Botafogo é campeão, o Cruzeiro é campeão, o Bahia, o Atlético Paranaense, o Náutico, o Ceará…
CORINTHIANS CAMPEÃO
Merecido e indiscutível. Mesmo que se discuta o pênalti não marcado no segundo tempo. Ou melhor, marcado e depois desmarcado, porque o quarto árbitro julgou que não era pênalti. Neste caso, diferente do lance marcado na falta de Jaílson sobre Renê Júnior, é muito mais discutível. Uma coisa é voltar atrás numa jogada indiscutível. Outra é voltar atrás, sem árbitro de vídeo, numa jogada questionável. Era o caso do lance de Ralf contra Dudu.
O Corinthians venceu o título, porque ganhou o jogo por 1 x 0, falha do lado direito da defesa do Palmeiras, cobertura errada de Antônio Carlos, espaço aberto para Rodriguinho marcar.
Também, porque o Corinthians soube defender-se com 30% de posse de bola, e ganhar nos pênaltis. Mas voltar atrás nos pênaltis vai fazer Marcelo Aparecido de Souza ser lembrado por trinta anos.
BOTAFOGO CAMPEÃO
Incrível que a final do Campeonato Carioca tenha tido o maior público do Brasil neste ano, depois de três meses sem chamar a atenção. Mas é preciso conhecer o Rio para entender o efeito. Sem Maracanã, não há futebol no Rio de Janeiro. Significa que e preciso cobrar o governador Luiz Fernando Pezão — e o próximo governador, também — para tratar de um assunto que tem tudo a ver com o Rio. Com Maracanã e futebol, o turismo cresce. E os empregos no Rio também.
Isto à parte, o Botafogo foi melhor no jogo inteiro, controlou o jogo com a posse de bola (61%), mais finalizações (13 x 7). Sofreu pela ausência de João Paulo, mas foi superior durante toda a partida, o que levou à conquista nos pênaltis.
Importante demais para o Botafogo quebrar sua seqüência sem troféus. Desde 2013, não vencia. Para a torcida crescer, o pai fanático precisa dizer ao filho que seu time é campeão e o único jeito, neste momento, é o Campeonato Carioca.
CRUZEIRO CAMPEÃO
Mano Menezes voltou ao seu estilo, sem centroavante fixo, com um homem flutuando atrás dos volantes, como foi com Rafael Sóbis. Mudou no segundo tempo, mas o Cruzeiro foi sempre melhor. Trocou mais passes, teve mais posse de bola, finalizou quatro veaes mais do que o adversário.
também tinha dois jogadores decisivos, como Thiago Neves e De Arrascaeta, decisivos na finalíssima. O título cruzeirense evita o maior jejum desde 1984, quando o Cruzeiro saiu da seca de seis anos, do hexacampeonato do Atlético.
GRÊMIO CAMPEÃO
O Grêmio é campeão com a vitória em Pelotas por 3 x 0 e Renato Gaúcho segue como técnico na Arena. O time mantém a estrutura tática do ano passado e projeta vencer mais títulos neste ano.
O Grêmio evita sua maior seca sem títulos gaúchos. De 1969 a 1976, foram oito anos de troféus do Internacional. Com Jael, Luan, Maicon, Arthur, o Grêmio impede a repetição de oito anos sem ganhar na aldeia.
Parabéns também ao Remo, Ceará, Atlético Paranaense, Bahia, Figueirense, Goiás…
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