Nesta semana foi o Vasco...
O futebol dá umas voltas estranhas e a violência do Brasil segue sua trilha.
Veja que aqui não se fala sobre violência no Rio, nem de torcidas.
O Brasil não é mais um país pacífico, um país sem guerras.
A da semana passada foi no aeroporto do Galeão. Três vezes, uma facção da torcida do Flamengo foi ao terminal aeroviário para protestar contra os resultados, xingar o presidente, agredir o camisa 10.
Nesta sexta, um dia depois do fechamento da Linha Amarela por causa dos tiroteios, uma facção uniformizada invadiu o campo de São Januário, onde treinava a equipe. Todo mundo já sabe que houve até tiro de segurança armado contratado pelo clube.
A crise do Vasco é mais antiga e estrutural. Enquanto o Flamengo paga dívidas, o Vasco se enforca mais.
O Flamengo tem a melhor receita do futebol brasileiro em 2018, segundo relatório da Sports Value, do consultor Amir Somoggi.
O Vasco é o 12. colocado nesse ranking. Atrás de Botafogo e Fluminense, de Atlético e Cruzeiro, Grêmio e Internacional, atrás de quem está em mercados menos atraentes para patrocinadores do que o Rio de Janeiro.
O Flamengo tem a melhor relação dívida/receita, abaixo apenas da Chapecoense. O Vasco é o 18. neste ranking. Tem o quinto maior endividamento do futebol brasileiro.
O Vasco foi rebaixado três vezes nos últimos dez anos.
Mas não. Não se diga que isto explica ou justifica, nem conjugue qualquer outro verbo para definir a invasão a São Januário, assim como não se deve fazer sobre o Galeão.
Nestas insanidades, já tem gente correndo risco de vida.
E o Vasco ainda tem a ruptura política em blocos que se juntam e se separam de acordo com suas conveniências. Roberto Monteiro apoiou Alexandre Campello no plágio de eleição à presidência e agora rompeu com o presidente empossado. Enquanto não se pensar no Vasco vai ser difícil acabarem as derrotas.
A violência parar depende de bom senso. No Brasil, custa mais caro do que o estádio de São Januário.
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