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Coluna do PVC

Carlo Ancelotti, o espaço, a Bélgica... Que manhã incrível!

PVC

23/06/2018 11h36

Saio de São Petersburgo e já estou de volta a Moscou, apesar do atraso da companhia aérea Nordwind. Na Rússia, há muito mais problemas nos aeroportos do que houve no Brasil. A expectativa de calamidade atrasou quatro anos. Aqui, as pessoas não conversam, não dão informações.

As estrelas internacionais, sim.

Chego ao Centro de Imprensa em Moscou e, na entrada da redação, olho para o lado e vejo um diálogo de mitos. O búlgaro Hristo Stoitchkov, um dos goleadores da Copa de 1994, com 6 gols, e Carlo Ancelotti, um dos três homens a ganhar a Champions League como treinador por três vezes e um dos sete vencedores como técnico e jogador.

Stoitchkov segue em direção ao portão de saída. Ancelotti caminha ao meu lado. Pergunto. "Por que está havendo tão poucos gols, tão pouco espaço?" Ancelotti é simpático e retribui. "Não sei bem por quê. Vai Brasil!" Assim, em português improvisado, ele dá margem à seqüência da conversa. Digo que a medida de jogos com diferença de um gol na Copa é de 25% e na fase de grupos da Champions League é de 52%. Ancelotti dá sua versão: "Aqui, na Copa do Mundo, estão os melhores."

O melhor até agora é a Bélgica. O encontro de Stoitchkov e Ancelotti aconteceu cinco minutos depois do final da goleada da Bélgica por 5 x 2 sobre a Tunísia. Hazard jogou demais! Lukaku também. A Bélgica mostrou o melhor futebol da Copa do Mundo até agora e Kevin De Bruyne fez uma partida razoável. Significa que o potencial indica ainda evolução.

Sábado, 23/junho/2018
BÉLGICA 5 x 2 TUNÍSIA – 9h, 15h

Local: Spartak Stadium (Moscou); Juiz: Gols: Hazard (pênalti) 6, Lukaku 15, Brunn 17, Lukaku 48 do 1º; Hazard 4, Batshuay 45, Khazri 47 do 2º; Cartão amarelo:
BÉLGICA (3-4-3): 1. Courtois (6), 2. Alderweireld (6), 20. Boyata (5) e 5. Vertonghen (6); 15. Meunier (6,5), 7. De Bruyne (6), 6. Witsel (6) e 11. Ferreira Carrasco (6,5); 14. Mertens (7,5) (17. Tielemans 41 do 2º (sem nota)), 9. Lukaku (8) (8. Fellaini 13 do 2º (6)) e 10. Hazard (8,5) (21. Batshuay 23 do 2º (7)). Técnico: Roberto Martínez
TUNÍSIA (4-4-2): 1. Ben Mustapha (6), 11. Brunn (7) (21. Nagguez 23 do 1º (6)), 2. Samy Bem Youssef (5) (3. Benalouane 40 do 1º (5)) , 4. Meriah (5) e 12. Maalou (4); 8. Fehrradini Ben Youssef (6), 17. Skhiri (5,5), 13. Sassi (6) (23. Sliti 13 do 2º (5,5)), 7. Khaoui (5,5) e 9. Badri (6,5); 10. Khazri (6,5). Técnico: Nabil Maalou
Posse de bola – 52% x 48% – Finalizações – 23 x 15
Homem do jogo Fifa – Hazard
Homem do jogo PVC – Hazard

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.