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Coluna do PVC

O técnico que venceu Zagallo

PVC

24/06/2018 14h59

Akira Nishino assumiu o cargo de técnico da seleção do Japão em abril. Substituiu o bósnio Vahid Halihodzic, demitido após perder da Ucrânia e em função de desentendimentos com o grupo de jogadores. Nishino era diretor técnico, assumiu como treinador, mais ou menos como aconteceu com Fernando Hierro, na Espanha. Em sua história, Nishino tem um feito: ganhar do Brasil.

Era ele o treinador do Jaoão na primeira rodada da Olimpíada de Atlanta, em 1996, quando o Brasil de Zagallo teve Dida e Aldair trombando e o meia Ito fazendo 1 x 0. O Brasil recuperou-se, classificou-se, mas não ganhou a medalha de ouro. Ficom com o bronze

Mais de 20 anos depois, Nishino assume o japão e mostra conhecimento de futebol. O Senegal começou melhor a partida em Ekaterimburgo, mas Nishino conseguiu fazer sua equipe equilibrar com jogadas pelos lados do campo. No segundo tempo, os japoneses estavam melhores, quando levaram o segundo gol. Então, apareceu o sucesso das alterações feitas por Akira Nishino.

Okazaki entrou no lugar de Haraguchi e disputou a jogada pelo alto com o goleiro Ndiyaé. O senegalês falhou e Inui, craque do jogo, cruzou para Honda marcar em seu primeiro toque na bola — havia entrado seis minutos antes no lugar de Kagawa.

O Senegal pode vencer a Colômbia e se classificar, mas não tem Mané em bom momento, depois de brilhar na temporada britânica. O cara da partida foi o japonês Inui, autor de um gol e um passe para gol.

Domingo, 24/junho/2018
JAPÃO 2 x 2 SENEGAL – 12h, 18h

Local: Estádio Central (Ekaterimburgo); Juiz: Gianluca Rocchi (Itália); Público: Gol: Mané 12, Inui 32 do 1º; Wagué 27, Honda 33 do 2º; Cartão amarelo: Niang
JAPÃO (4-2-3-1): 1. Kawashima (5), 19. Hiroshi Sakai (4), 22. Yoshida (4), 3. Shoji (5) e 5. Nagatomo (6,5); 7. Shibasaki (6,5) e 17. Hasebe (6); 8. Haraguchi (4) (9. Okazaki 30 do 2º (sem nota)), 10. Kagawa (4) (4. Honda 27 do 2º) e 14. Inui (7,5); 15. Osako (5). Técnico: Akira Nishino
SENEGAL (4-1-4-1): 1. Khadim NDiyaye (4), 22. Wagué (7), 3. Koulibaly (6), 6. Sané (6) e 12. Sabaly (6,5); 13. Alfred Ndiyaé (5) (8. Kouayaté 20 do 2º (5)); 18. Ismaila Sarr (6,5), 5. Gueye (6), 17. Badou Ndiyaé (5) (11. Ndoye 36 do 2º (sem nota)) e 10. Mané (6,5) e 19. Niang (6) (9. Diouf 40 do 2º (sem nota)). Técnico: Aliou Cissé
Posse de bola – 53% x 47% – Finalizações – 7 x 14
Homem do jogo Fifa – Mané
Homem do jogo PVC – Inui

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.