Bomba relógio
O árbitro Germán Delfino foi confuso e não deveria dar cartão vermelho a Felipe Melo por observar o estrago na perna de Victor Cáceres. Mas mostrou o vermelho com razão. Porque Felipe Melo entrou com o pé por cima da bola. É uma bomba relógio. Assim como no lance contra Vinicius Junior, antes da Copa do Mundo, ele pode ser expulso num jogo decidido ou com um minuto de partida numa eventual finalíssima.
Depois da expulsão de Felipe Melo, aos 5 minutos, o Palmeiras não jogou. A partida virou repertório de Libertadores, de tudo aquilo que os clubes brasileiros reclamam. Jogadores fazendo cera, gastando tempo, caindo ao chão, fazendo faltas. Jogo estilo Felipão sempre tem uma nuvenzinha sobrevoando a grande área nos minutos finais. Contra o Cerro Porteño foi exagerado.
O Palmeiras não trocou dois passes seguidos, esperou o Cerro Porteño até os 11 minutos do segundo tempo, quando o cruzamento de Arzamendia surpreendeu Wéverton e terminou com a seqüência de nove partidas sem gols. Continuou a pressão paraguaia, com chance de Oscar Ruiz, num giro da entrada da área, ou com Wéverton saindo para tirar com a coxa uma jogada veloz do Cerro, aos 32 minutos do segundo tempo.
Houve requinte de crueldade no recuo do Palmeiras. Antônio Carlos tirou de cabeça 12 vezes, doze rebatidas ao todo. O melhor em campo de um jogo que não houve. Não em termos de qualidade.
Mas o Palmeiras avança e enfrentará o Colo Colo nas quartas-de-final. A derrota começou com a expulsão de Felipe Melo. Mas jogando assim, a bomba relógio é o próprio time. Com atuações seguidas como a do Allianz Parque contra o Cerro Porteño, não se vence a Libertadores.
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