Brasil vence sem jogar bem
Neymar deu o passe para o gol da vitória por 1 x 0 contra a Argentina, no último lance do jogo disputado na Arábia Saudita. Dos dez gols marcados e nenhum sofrido depois da Copa do Mundo, oito passaram pelo pé de Neymar. Seis assistências e dois gols, ambos de pênalti.
Dos dez gols, quatro de jogadas de bola parada.
Há uma aparente contradição entre o estilo proposto por Tite, em sua primeira entrevista coletiva pós-Copa, em agosto, e o mapa dos gols da seleção. Depois da Bélgica, são também três de contra-ataques. Como tem pouco espaço, a seleção cria pouco.
No primeiro tempo contra a Argentina, a chance mais clara foi numa cobrança de escanteio, que sobrou para Miranda finalizar. Otamendi salvou em cima da linha fatal, aos 27 minutos do primeiro tempo.
Mas o Brasil segue tentando construir o jogo. Às vezes, com problemas. Aos 28 do primeiro tempo, uma troca de passes na parte de trás do campo, bola recuperada pela Argentina transformou-se em falta perigosa. Cobrada por Dybala, tornou-se a chance mais concreta de a Argentina abrir o marcador.
A seleção de Tite jogou num 4-1-4-1, com Casemiro de primeiro volante. A linha da frente tinha Gabriel Jesus pela direita, Neymar pela esquerda, Arthur e Phillippe Coutinho pela faixa central. Firmino de centroavante.
Faltava objetividade.
No segundo tempo, a Argentina voltou melhor. Mais contra-ataques puxados por Icardi, Correa e Lautaro Martínez. O jogador mais caro da Argentina em todos os tempos entrou no lugar de Dybala. Lautaro colocou fogo. A Argentina criou chances, mesmo sem obrigar Alisson a nenhuma defesa absurda.
Aos 19 minutos do segundo tempo, Richarlison entrou no lugar de Gabriel Jesus. O ex-palmeirense estava na ponta direita. Richarlison entrou pela esquerda. Logo em seu primeiro lance, criou chance de gol.
Melhorou. Mas sem brilho. A Argentina perdeu a chance de vencer o Brasil duas vezes seguidas- ganhou em 2017 — o que não acontece desde 1963.
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