A marca do Real Madrid
Os espanhois sempre chamaram o Mundial de Clubes de Mundialito. Fossem os títulos da velha Copa Intercontinental, sejam agora os oficiais da Fifa. Isso não significa desprezo pelo troféu. O reconhecimento na Espanha não é tão grande quanto na América do Sul nem tão pequeno quanto para os ingleses. O Real Madrid se orgulhava de ter seis mundiais. Mais ainda agora, por ser o único tricampeão consecutivo desde 1960.
Ser o primeiro tricampeão seguido, o único hepta somando todas as conquistas, não foi a única marca do Real Madrid nos Emirados Árabes. São 16 finais e 14 taças conquistadas desde 2014. Sergio Ramos, Benzema e Carvajal os únicos presentes nas 14 conquistas. Ramos ainda teve a honra de marcar o terceiro gol para se confirmar como grande referência deste período.
Na história completa dos mundiais, Copa Intercontinental mais Fifa, Santiago Solari se torna o quarto homem a ser campeão como técnico depois de ter vencido como jogador. Em 2002, entrou no lugar de Zidane faltando quatro minutos para terminar a decisão contra o Olimpia. Desta vez, entrou na vaga de Lopetegui para ser o sucessor de Zidane como treinador campeão do mundo.
Faltou o recorde de Gareth Bale. Com seis gols marcados, poderia ter alcançado Cristiano Ronaldo, o maior artilheiro da história dos mundiais, com sete anotados entre 2008 e 2016. O Real Madrid começou a final contra o Al Ain com certo descaso, até Marcelo se equivocar num recuo e Shahat quase marcar. Sergio Ramos salvou quando a bola ultrapassava a linha fatal.
A seriedade veio a partir daí. No lance seguinte, iniciado na esquerda, passagem pela direita e finalização de Modric pelo centro, o Real Madrid fez 1 x 0 aos 14 minutos. Seguiu em ritmo de treino, mas com 70% de posse de bola na primeira etapa. Mais sério, criou mais chances e mais três gols na segunda etapa. Ainda se deu ao luxo de levar um gol de cabeça, marcado por Shiotani, encobrindo o gigante Courtois, de 1,99 m.
O Real Madrid vence seu sétimo mundial e todos com participações de jogadores brasileiros. Em 1960, tinha Canário, Roberto Carlos e Sávio em 1998, Ronaldo com Roberto Carlos em 2002, Marcelo em 2014, 2016, 2017 e 2018, em companhia de Casemiro nos dois últimos e de Vinicius Junior contra o Al Ain.
Vinicius ainda selou a história com participação efetiva no quarto gol. Sua arrancada terminou em finalização, completada para o gol contra por Yahia Nader. Com 14 troféus em 16 finais nas últimas cinco temporadas, inquestionável a hegemonia do Real Madrid nas competições de clubes neste momento da história.
FINAL
Sábado, 22/dezembro/2018
REAL MADRID 4 x 1 AL AIN – 14h30
Local: Santiago Bernabéu (Madri); Juiz: Jair Marrufo (Estados Unidos); Gols: Modric 14 do 1º; Llorente 15, Sergio Ramos 34, Shiotani 43, Yahia Nader (contra) 47 do 2º; Cartão amarelo: Sergio Ramos
REAL MADRID: 25. Courtois (7), 2. Carvajal (5,5), 5. Varane (6), 4. Sergio Ramos (7) e 12. Marcelo (6); 18. Llorente (7), 10. Modric (8) e 8. Kroos (6,5); 17. Lucas Vásquez (6) (Vinicius Junior 42 do 2º (7)), 9. Benzema (6) e 11. Bale (6,5). Técnico: Santiago Solari
Banco: 1. Navas, 13. Casilla, 6. Nacho, 3. Vallejo, 14. Casemiro, 15. Valverde, 19. Odriozola, 22. Isco, 23. Reguillón, 24. Ceballos, 28. Vinícius Junior
AL AIN: 17. Ejsa (7), 23. Mohammed Ahmad (5) (11. Al Ahbabi 17 do 2º (5)), 5. Ismail Ahmed (5,5), 14. Fayez (6) e 33. Shiotani (4); 74. Shahat (5,5), 3. Doumbia (5), 16. Abdulhaman (4) (6. Amer 21 do 2º (5,5)) e 43. Yaslem (5,5); 9. Marcus Berg (5) (88. Yahia Nader 30 do 2º (sem nota)) e 7. Caio (6). Técnico: Zoran Mamic
Banco: 1. Saeed, 6. Amer, 11. Bandar, 12. Hamad, 13. Barman, 18. Diaky, 19. Salem, 28. Nasser, 30. Mohammed Al Harasi, 44. Saeed Hussan, 88. Yahia, 99. Maroof
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