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Coluna do PVC

A resposta do Arsenal e os poucos problemas da Premier League

PVC

01/01/2019 20h08

Não seria justo dizer que o Arsenal começou bem o jogo contra o Fulham. Mas depois de levar uma surra do Liverpool por 5 x 1, o importante seria fazer três pontos, encostar no Chelsea, afastar a aproximação do Manchester United. Nos primeiros quinze minutos, Xhaka errou passe fácil na saída, Mustafi fez ligação com chute longo para o ataque, Koscielny falhou e Sessegnon perdeu gol fácil, frente a frente com Leno.

O Arsenal ainda não estava bem quando Iwobi fez jogada pela esquerda, cruzou e Xhaka aproveitou o corta-luz para fazer 1 x 0 aos 25 minutos. Seguiu não sendo um bom primeiro tempo e, no início da segunda etapa, o Fulham teve chance com Mitrovic. Depois do 2 x 0, gol de Lacazette, nova ação de Iwobi, com Kolasinac, autor do passe.

Kamara entrou bem, depois da bronca pública de Claudio Ranieri, por causa do pênalti perdido contra o Huddersfield. Como resposta, Kamara teve chance clara de gol e marcou para o Fulham quando a partida estava 2 x 1. O Arsenal não esteve ameaçado, mas por sua própria inatividade. Então, Ramsey entrou no lugar de Lacazette e marcou o terceiro, depois de bola na trave de Aubameyang. O próprio Auba marcou o quarto, um minuto depois de perder um gol feito, defesa importante de Rico.

O Arsenal segue em quinto lugar e a rodada completa teve vitória do Tottenham sobre o Cardiff e do Leicester sobre o Everton. Rodada vista in loco, no Emirates, por este colunista, de passagem por uma semana em Londres. Caminho de metrô até o estádio no norte da capital britânica, com absoluta tranquilidade para apanhar o ingresso no box office, fila para entrar nas tribunas, mas apenas por portar uma mochila que deveria ser revistada. O frio de 8 graus foi atenuado por um inacreditável sol azul, pouco habitual à Londres do primeiro dia do ano.

Perrengue mesmo houve na saída do estádio, porque a fila no metrô é enorme. E porque os vagões, mesmo depois de se afastar do Emirates, seguem cheios. A descida em Piccadilly Circus só foi possível com uma mochila batendo em minha família.

O relato é sempre positivo, porque sempre há motivo para ver um bom jogo. Isso vale para a Europa, também vale para vários momentos no Brasil. Não se compara o nível de organização, mas é preciso dizer que nos seis estádios de São Paulo (Morumbi, Pacaembu, Itaquera, Allianz Parque, Canindé e Rua Javari) e também no Maracanã é possível ir de metrô. Melhorou.

Mas o nível de organização inglês é muito maior.

Há 27 anos, quando a Premier League foi inaugurada, a média de público era de pouco mais de 19 mil pessoas por jogo. Como se mudou de patamar? Trabalhando.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.