Jardine acha possível ganhar Libertadores jogando bem
A lembrança de que os últimos quatro campeões da Libertadores foram times de troca de passes e qualidade de jogo chama a atenção. O River Plate, de Pity Martínez, em 2018, o Grêmio, de Luan, melhor jogador da América em 2017, o Atletico Nacional, do maior número de pontos desde a fase de grupos, e o River, de Lucas Alario e Mora, que mudou de rosto depois de perder Teo Gutiérrez a partir das quartas-de-final. Os quatro campeões, depois do San Lorenzo de 2014, mudaram a forma de ganhar o principal torneio de clubes do continente.
Nestes mesmos quatro anos, o Brasil manteve os chavões "Libertadores é diferente" e "Libertadores é guerra." O único finalista desde 2014 representando o futebol brasileiro foi o Grêmio, de atuações com habilidade, competitividade, intensidade, qualidade… Denuncia idade dizer que é guerra.
André Jardine já foi campeão da Libertadores sub-20, em 2016, pelo São Paulo. Já criou uma geração de jogadores campeões da Libertadores pelo Grêmio. Luan, Éverton e Arthur jogaram sob seu comando nas divisões de base gremistas. Jardine se lembra que essa geração mudou o paradigma da formação em Porto Alegre. Em vez de jogadores altos e fortes, o Grêmio passou a formar os mais técnicos e mais rápidos. O atual treinador do São Paulo participou disso.
Antes da estreia em Córdoba contra a Argentina, Jardine disse em entrevista ao Visão FOX, a estre colunista, que acredita poder ganhar a Libertadores jogando bem. Foi ao encontro das últimas edições do torneio. Ele faz distinção entre os estilos que pode aplicar. Sair com bola no chão, com participação com os pés do goleiro Tiago Volpi. Mas sua palavra-chave é agressividade. "O Grêmio do Renato Gaúcho tenta sair com a bola, mas no aperto ele prefere o lançamento longo e ganhar na frente. Isso não indica que não seja agressivo. A questão é a busca pelo gol", resume.
O São Paulo estreia na Libertadores na quarta-feira (6), contra o Talleres, 12o colocado do Campeonato Argentino.
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