O dia em que o Brasil se encantou com Coutinho
Para entender quem foi Coutinho, basta lembrar que a revista Placar retirou um dos 1282 gols de Pelé, por descobrir, vinte anos atrás, que na verdade a obra prima era do camisa 9 e não do 10. À distância, era muitas vezes impossível diferenciá-lo de Pelé e aqui não se fala da semelhança física, mas na arte de jogar futebol.
Nelson Rodrigues e o Brasil descobriram Coutinho na decisão do Rio-São Paulo de 1959. Muitas vezes, escreveu-se que tratava-se de sua estreia pelo Santos. Não é verdade, porque o gênio da camisa 9 começou aos 14 anos. Quando decidiu o Rio-São Paulo contra o Vasco, no Pacaembu, Coutinho já tinha… 15!
Naquela semana, Nelson escreveu mais uma de suas crônicas incríveis: "Com o doce e inofensivo nome de Coutinho, meu personagem fez ontem, contra o Vasco, barbaridades sem conta." O filme anexado, do programa Grandes Momentos do Futebol, da TV Cultura, disponível no youtube, mostra aquele dia.
Coutinho foi um gênio por período curto, porque passou a conviver com os problemas de joelho e com a balança. Durante décadas, tratou-se dele como um craque magoado, ressentido, por não ter da história o tratamento que merecia. As últimas entrevistas e encontros desmentem isso. No aniversário de cem anos do Santos, uma longa conversa gravada no Memorial das Conquistas, na Vila Belmiro, flagrou Coutinho feliz e sorridente.
Pepe afirmou que Coutinho conviveu, nos últimos tempos, com problemas de saúde, sem perder a alegria com que presenteou quem ama futebol.
A tentação é escolher uma imagem junto com Pelé. A justiça é mostrar alguém que foi um gênio, independentemente dos outros tantos com quem pôde conviver.
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