Brasil segue sem jogar bem depois da Copa
O Brasil fez sete jogos depois da Copa do Mundo e não jogou bem nenhuma vez.
Até Tite já admitiu isso, no final do ano passado. Depois do Mundial, diferente do período das eliminatórias, a seleção não conseguiu jogar de maneira convincente.
A partida contra o Panamá reforçou também outro defeito. Dos nove gols sofridos na era Tite, em 33 jogos, sete foram pelo alto, oito de bola parada. O que resta é o contra-ataque mortal, puxado por Lukaku, finalizado por De Bruyne, em Kazan.
No inicio do segundo tempo, Éderson evitou o primeiro gol sofrido de fora da área. Ótimo chute de Rodriguez, falha do sistema defensivo do Brasil.
A melhor jogada da seleção aconteceu aos 14 minutos do segundo tempo. Cruzamento da esquerda, Firmino escorou a bola e Paquetá finalizou. No instante seguinte, Paquetá e Firmino foram substituídos por Éverton e Gabriel Jesus.
Richarlison foi o melhor em campo. Arthur teve bom primeiro tempo. O Brasil não empatava ou perdia para time da América Central desde a derrota para Honduras, em 2001.
Nada justifica empatar com o Panamá.
Mas é bom entender que as grandes crises da seleção se dão nos períodos de maior renovação. Sempre foi assim. Em 1985, o Brasil estreou Bebeto e perdeu da Colômbia pela primeira vez. Em 1987, a seleção estreou Romário e perdeu da Irlanda, o que era inédito.
Mas a análise mais importante é a pós-Copa. São sete jogos, seis vitórias e um empate.
Em nenhuma dessas atuações, a seleção brasileira foi convincente.
Sábado, 23/março/2019
BRASIL 1 x 1 PANAMÁ – 14h, 16h
Local: Dragão (Porto); Juiz: Gols: Lucas Paquetá 28 do 1º; Machado 36 do 2º; Cartão amarelo: Mejía, Cummings (PAN); Richarlison (BRA)
BRASIL: 23. Éderson (7), 14. Fágner (5), 16. Militão (6), 3. Miranda (5,5) e 6. Alex Telles (5,5); 5. Casemiro (6), 8. Arthur (6) (17. Felype Anderson 26 do 2º (6)) e 10. Paquetá (6,5) (19. Éverton 14 do 2º (5,5)); 21. Richarlison (7), 20. Firmino (6) (9. Gabriel Jesus 14 do 2º (5)) e 11. Coutinho (5). Técnico: Tite
PANAMÁ: 1. Mejía (6,5), 23. Murillo (4) (17. Blackman 40 do 2º (sem nota)), 13. Machado (6,5), 3. Cummings (6), 4. Escobar (5,5) e 15. Davis (5,5); 19. Quinteros (5) (10. Browne 40 do 2º (5)), 11. Cooper (6) (6. Walker 37 do 2º (sem nota)), 20. Godoy (5) e 7. Rodriguez (6) (18. Arroyo 43 do 2º (5,5)); 9. Torres (5) (16. Fajardo 29 do 2º (sem nota)). Técnico: Julio Cesar Dely Valdez
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