Federação Paulista é quem paga "alto preço" do VAR no Paulista

A Federação Paulista é quem arca com as despesas dos árbitros de vídeo dos catorze jogos finais do estadual. Esta informação derruba o pior argumento do Palmeiras, na entrevista do diretor Cícero de Souza. O dirigente falou sobre o alto custo do sistema.

Essa foi também a grande contradição do Palmeiras, em Novo Horizonte. A bola pode ter batido na barriga, como parece na imagem disponibilizada pela Federação. Ou no braço. O ponto é que há um ano o Palmeiras defende a implantação de um sistema que, sabe-se, será tão mais perfeito quanto mais usado.

Enquanto estiver no processo de implantação, vai fazer vítimas. O Real Madrid reclama de três jogadas. A não utilização para checar pênalti sobre Vinicius Júnior contra a Real Sociedad, o mau uso da tecnologia para validar gol impedido do Betis, e a bola que saiu numa câmera e não saiu em outra na eliminação da Champions contra o Ajax.

Como no jogo da Champions, seria bom ter visto Raphael Claus checar no gramado o vídeo que a arbitragem de vídeo diz ter revisto. Aqui houve no mínimo um erro de avaliação sobre a crise política entre Palmeiras e Federação, responsável pela gritaria. Podia ter revisto para todo mundo perceber.

O Palmeiras poderia ter afirmado que faltou a clareza da revisão em público. E reforçar que apoia o vídeo e sua implantação, mas espera que os procedimentos evoluam rapidamente.

Mas o problema central é a intolerância. O futebol nasceu sem árbitro em Cambridge, 1863. Em pouco tempo, os capitães tinham de chegar a uma conclusão. Só em 1894, o árbitro passou a ter autonomia para definir o que ninguém conseguia resolver. Rapidamente, a mãe do árbitro passou a fazer parte da regra do jogo.

O problema agora é saber como xingar, a mãe de quem? Como o VAR é digital, certamente sua mãe deve estar em alguma dessas redes sociais.