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Coluna do PVC

Reservas do Fluminense mostram valor contra o Flamengo

PVC

24/03/2019 18h02

O primeiro tempo do Flamengo foi ótimo.

Foram seis finalizações, 53% de posse de bola, matou o estilo tricolor.

Dos desarmes rubro-negros, 19% foram no campo de ataque. Em vários momentos, o time atraiu o Fluminense até a intermediária, como na semifinal da Taça Guanabara, mas agrediu mais na marcação e colocou velocidade.

O primeiro gol, de Bruno Henrique, nasceu de cruzamento certeiro e por baixo de Pará. O segundo, já no início da segunda etapa, Diego fez o passe preciso para Bruno Henrique ficar frente a frente com o goleiro Agenor.

O Fluminense tinha os reservas, mas mantinha o estilo. Deu 461 passes, teve 52% de posse de bola, como Fernando Diniz gosta.

Ganso não foi centroavante. Jogou na linha de quatro homens, à frente do volante Alan e atrás de Danielzinho, escalado como homem de referência. O 4-1-4-1 de Fernando Diniz teve Agenor, Ezequiel, Nino, Léo Santos e Marlon; Alan; Calazans, Ganso, Caio Henrique e Mateus Gonçalves; Danielzinho.

Porque Mateus Gonçalves não perseguia Pará como deveria e porque o gol do flamengo saiu por seu setor, Mateus Gonçalves foi substituído no intervalo. Não apenas pela entrada de Dodi, o Fluminense melhorou.

Trocou mais passes, mas apenas depois de sofrer o segundo gol, de Bruno Henrique. O Flamengo ainda fez o terceiro, passe de Bruno Henrique para o oitavo marcado por Gabriel.

Então, o Flamengo relaxou, como se tivesse a vitória conquistada. Em vez de fazer o 4 x 0, como Abel conseguiu com os reservas do Flu contra o Fla, em Cuiabá, 2018, acomodou-se e esperou a reação tricolor. Ela aconteceu.

O Flamengo foi melhor. Mereceu vencer. Mas o Fluminense mostra que tem um jeito de jogar, que todo o elenco já entendeu como funciona.

Com 48 mil espectadores no Maracanã, o Flamengo mantém a maior média de público de todos os estaduais deste século: 39 mil por partida.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

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O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.