Corinthians dos clássicos defende e tem menos a bola
O Corinthians do técnico camaleão, Fábio Carille, é diferente nos clássicos e na fase final do Campeonato Paulista do que foi em toda a fase de classificação. No torneio todo, o Corinthians tem o segundo maior índice de troca de passes e é o quarto colocado em posse de bola. Em média, roda 414 vezes a bola de pé em pé por partida e alcança 52,3% do tempo com a bola sob seu domínio. Nos quatro clássicos que disputou, não ficou mais de 50% do tempo com a posse nenhuma vez nem trocou mais de 300 passes.
Não é um problema. O Corinthians se molda diferentemente dependendo da característica do jogo e do adversário. Também se constrói no decorrer da temporada, porque foi quem mais contratou entre os clubes da Série A (12 jogadores) e porque metade dos titulares nunca tinha sido treinada por Fábio Carille antes. Foi um exercício de conhecimento de Carille com Sornoza, Danilo Avelar, Manoel, Júnior Urso e até mesmo Vágner Love, que não tinha trabalho diretamente como o Fábio Carille, na função de técnico.
Na fase de classificação, o Corinthians teve mais de 50% do tempo de posse de bola e mais de 400 passes trocados em oito dos doze jogos. Foi assim contra Ituano, Oeste, Botafogo, Novorizontino, Red Bull, Ponte Preta, Guarani e São Caetano. Na estreia, contra o Azulão, registrou-se o recorde de 706 passes e 72% de posse de bola. Empatou por 1 x 1.
Só não houve mais de 50% de posse e o Corinthians trocou menos de 400 passes contra o São Bento, São Paulo, Santos e Palmeiras. Nos clássicos é diferente. Na fase final, também. Contra a Ferroviária, em Araraquara, foram 366 passes, mas com 52,2% do tempo com bola no pé. Nos dois mata-matas em Itaquera, o Corinthians teve 38% de posse de bola contra a Ferroviária e 39% contra o Santos. A diferença também está no número de desarmes.
Nos dois clássicos contra o Santos, o Corinthians fez 22% de seus desarmes depois do meio-de-campo, no ataque. Contra o São Paulo, 27%. Contra o Palmeiras, quando se defendeu depois de fazer 1 x 0, cedo, o Corinthians fez só 9% das recuperações de bola pressionando a saída palmeirense. Naquele clássico, o Corinthians finalizou seis vezes, quatro no alvo. O Palmeiras chutou 25 vezes. Só uma exigiu defesa de Cássio.
Está claro que Fábio Carille quer ver seu time trocando cada vez mais passes e agredindo mais o adversário. Também é evidente que nem todo jogo permite o mesmo tipo de estratégia. Por isso, o Corinthians de Fábio Carille é um camaleão. Muda de acordo com o adversário.
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