Cruzeiro é bicampeão pelo trabalho, não pelo VAR

Pedro Rocha passou por Leonardo Silva e fez o cruzamento na jogada em que Leandro Bizzio Marinho só viu pênalti na revisão. Pobre Bizzio Marinho. Mais um dos árbitros com a mão no ouvido em vez de olho no lance.

Mas Marinho revisou corretamente o toque de mão de Leonardo Silva e o pênalti convertido por Fred virou título.

Prêmio a Pedro Rocha, que não tentou se atirar quando teve a chance de ser mergulhador. Prêmio especialmente ao Cruzeiro. Não é coincidência os times de trabalhos mais longos no Brasil serem também os de resultados mais expressivos.

Ser bicampeão mineiro e bi da Copa do Brasil é resultado de ser um caso raro no Brasil de equipe com estilo de jogo definido. Haveria mais times fortes no Brasil com mais seqüência de trabalho, como têm Cruzeiro e Grêmio. Com menos medo de perder o emprego, haveria também times mais ousados.

Rodrigo Santana fez milagre, melhorou muito o Atlético, melhor do que o Cruzeiro no primeiro tempo. Montou um 4-1-4-1 com Geuvânio pela direita e Chará pela esquerda.

O colombiano achou um passe genial para Ricardo Oliveira na jogada do gol atleticano, marcado por Elias em falha de Dodô. Luan e Elias como meias e José Wellison na cabeça-de-área, para anular Rodriguinho.

O Atlético foi bem.

Mas o Cruzeiro é uma equipe.

A única equipe invicta do Brasil em 2019, entre todas da Série A, ganhou seu primeiro titulo do ano. É provável que não seja o único.