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Coluna do PVC

Punir Neymar é problema da Federação Francesa, não da seleção brasileira

PVC

30/04/2019 09h56

Neymar joga hoje pelo Paris Saint-Germain contra o Montpellier, no estádio de La Mousson, no sul da França.

Em outras palavras: não está suspenso.

A Federação Francesa adia a decisão sobre a punição a Neymar depois do soco no torcedor do Nantes identificado como Edouard. Não, você não leu errado. Edouard torce pelo Nantes, um dos rivais históricos do Rennes, vencedor da Copa da França.

A Federação Francesa punirá Neymar por três a oito jogos. É provável que sejam cinco rodadas do Campeonato Francês. Diferente do que houve com Cantona, afastado dos campos por oito meses após agredir um torcedor do Crystal Palace.

Se Neymar tem condição de jogo, joga. Assim decidiu Thomas Tuchel.

Assim deve decidir Tite.

É claro que o técnico da seleção brasileira será acusado de contradição, por ter justificado ausência de Douglas Costa por questões disciplinares. É claro também que não cabe à seleção prescindir de seu maior talento na Copa América. Risco de Tite maior do que o de ser acusado por suas contradições será perder a Copa América e o emprego, como aconteceu com Dunga, seu antecessor, depois da derrota para o Peru numa competição disputada sem a presença de Neymar.

A punição ao craque brasileiro, a lição que ele pode levar, o puxão de orelhas definitivo para que o menino Ney se transforme no homem Neymar é a Federação Francesa quem deve dar.

Não é a seleção brasileira.

Sobre o Autor

Paulo Vinicius Coelho é jornalista esportivo, blogueiro do UOL, colunista da Folha de S. Paulo. Cobriu seis Copas do Mundo (1994, 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018) e oito finais de Champions League, in loco. Nasceu em São Paulo, vive no Rio de Janeiro e seu objetivo é olhar para o mundo. Falar de futebol de todos os ângulos: tático, técnico, físico, econômico e político, em qualquer canto do planeta. Especializado em futebol do mundo.

Sobre o Blog

O blog tem por objetivo analisar o futebol brasileiro e internacional em todos os seus aspectos (técnico, tático, político e econômico), sempre na tentativa de oferecer uma visão moderna e notícias em primeira mão.