Itaquera faz parte do mapa do futebol
O ano da graça de 2012 foi também dos titulos da Libertadores e Mundial de Clubes do Corinthians. O plano de sócios Fiel Torcedor dava demonstrações seguidas de fôlego e o Pacaembu enchia. A média de todas as partidas do Corinthians naquela temporada foi de 23 mil torcedores por partida, segundo o site Meu Timão.
Hoje, o Corinthians leva 33 mil por jogo. Havia quem julgasse que a mudança para Itaquera tiraria gente da arquibancada. O efeito foi inverso.
Há quatro anos, quando Corinthians e São Paulo se enfrentaram na fase de grupos da Libertadores, questionava-se como os torcedores sairiam do estádio em tempo de chegar ao metrô e voltar para a região central da cidade.
Incrível como ninguém perguntava antes como se saía do Pacaembu, a pé pela ladeira da rua Major Natanael, em tempo de pegar o metrô Clínicas aberto e voltar até a zona leste.
O problema era o mesmo e, embora pudesse afligir menos gente, implicava o risco de gente trabalhadora de Itaquera a São Miguel dormir em algum lugar no meio do caminho.
O metrô funciona até 00h20, os jogos começam agora quinze minutos mais cedo e Itaquera faz parte do mapa. Como Arena Corinthians é nome provisório, até que algum dia sejam vendidos os naming rights este blog prefere dizer estádio de Itaquera.
Porque repete a lógica histórica das nomenclaturas dos palcos do futebol em São Paulo, sempre apelidados pelo nome do bairro e sem aumentativo: Pacaembu, Morumbi, Canindé. Ou pelo lugar: Parque Antarctica, Rua Javari e Vila Belmiro.
Itaquera está no mapa e na história. Em 1982, sem contar o mando da final contra o São Paulo, a Democracia Corinthiana disputou o Campeonato Paulista para 24 mil torcedores. Tevez e Nilmar ganhatam o Brasileiro de 2005 com 27 mil de média.
Hoje o Corinthians leva 33 mil por jogo e pode chegar a 48 mil. Requer trabalho e planejamento para alcançar essa meta. Cinco anos depois de sua inauguração, Itaquera faz parte do mapa do futebol e a distância até lá é bem menor do que o tamanho da paixão.
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