Palmeiras e Rede Globo juntos. O que representa para o futebol brasileiro
O Palmeiras só conseguiu duelar por valor maior pelos contratos de TV aberta e pay-per-view porque hoje tem quatro grandes fontes de receitas: venda de jogadores, patrocínio de camisa e bilheteria com sócio-torcedor compõem esta carteira.
E para entender a nova divisão de direitos de TV é importante separar em três fontes: TV aberta, TV fechada e pay-per-view. O Palmeiras assinou ano passado com o Esporte Interativo para a TV fechada. Isso impossibilitava assinar com o SporTV. Não com a Globo e o pay-per-view.
Ao assinar o novo acordo, o Palmeiras acumula o dinheiro do contrato com a TV fechada. Somará R$ 192 milhões por todos os direitos de transmissão com as três plataformas juntas. O Flamengo soma perto de R$ 220 milhões e o Corinthians aproximadamente R$ 200 milhões.
Criou-se assim um grupo de três ricos. Há dez anos, havia cinco endinheirados que recebiam R$ 25 milhões de TV: Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco.
Hoje, abaixo dos três ricos aparece o São Paulo, na faixa de R$ 150 milhões. Vasco, Santos, Internacional, Grêmio, Cruzeiro e Atlético-MG vêm abaixo. Não é bom existir distância tão grande. Mas é positivo haver clubes com dinheiro capazes de rejeitar algumas ofertas da Europa.
Esse cenário pode mudar de acordo com ganhos por desempenho nos próximos campeonatos ou por audiência. Como aqui é diferente da Europa e não se contrata jogadores extra-classe, é possível o Grêmio, por exemplo, tornar-se um dos ricos por conquistar o Brasileirão com seus craques formados em casa. Mas hoje ele ganha menos.
Também foi positivo o exemplo de que é possível brigar por condições melhores quando não se depende de uma fonte exclusiva de dinheiro. O Palmeiras deixou isso evidente neste contrato.
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