Cruzeiro só tem uma saída digna depois do escândalo
Depois da brilhante reportagem de Gabriela Moreira e Rodrigo Capelo sobre a investigação da Polícia Civil contra o Cruzeiro, das acusações de lavagem de dinheiro e vendas de porcentagens de contratos de jovens jogadores, só existe uma saída justa: assumir os erros.
Em vez de debater se poderia ou não dar porcentagens como garantia, como argumenta o vice-presidente Itair Machado. Porque em todos os casos, há equívocos administrativos. O Cruzeiro tem a maior dívida ativa do futebol brasileiro, débitos fiscais depois da adesão ao Profut.
Anunciar mudança de todo o processo administrativo com o compromisso de não repetir o escândalo e se colocar à disposição da Justiça para ser investigado sobre lavagem de dinheiro.
Há no passado um caso de escândalo em uma empresa que conseguiu relativamente virar o jogo ao assumir o erro. Em 2009, a Suoervia que opera os trens do Rio de Janeiro, teve funcionários flagrados chicoteando passageiros para forçá-los a fechar as portas dos trens.
A primeira declaração da assessoria da Supervia foi trágica. O assessor disse que os funcionários eram treinados para colocar os passageiros para dentro dos trens. Escândalo conformado, o presidente da companhia deu entrevista ao Jornal Nacional. Em vez de debater, admitiu todos os erros e se comprometeu a mudar o sistema de treinamento de seus funcionários. "A reportagem da Rede Globo ficará para sempre em nosso arquivo, para mostrar como não se deve proceder."
Nada corrige os erros do passado. Mas comprometer-se a corrigir todo o sistema administrativo seria a única medida aceitável. Muito melhor do que discutir com os fatos.
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