Tite completa três anos de seleção com novas e velhas pressões
Tite completa três anos como técnico da seleção brasileira nesta quinta-feira (20), numa situação muito semelhante à que levou Dunga à demissão, três anos atrás. Na fase de grupos da Copa América do Centenário, em 2016, o Brasil empatou por 0 x 0 contra o Equador, venceu o Haiti por 7 x 1 e chegou com os mesmos quatro pontos de hoje à terceira rodada, contra o Peru.
A derrota por 1 x 0, gol de Ruidíaz, com a mão, precipitou a demissão de Dunga.
Há diferenças entre as duas situações. Em 2016, dirigentes da CBF, questionados sobre o trabalho de Dunga, sexto colocado das eliminatórias, respondiam: "Temos a Copa América no meio." Em síntese, o torneio dos Estados Unidos poderia definir a demissão, em caso de fracasso. Confirmou-se.
Com Tite, é diferente. O discurso da CBF não é de teste, mas de uma etapa de trabalho na Copa América para que se chegue com força ao Catar, em 2022. A prática pode ser diferente, mas o discurso atual é bem diferente de 2016.
Há outras diferenças. O grupo de jogadores dava sinais de desgaste com Dunga. Hoje, o elenco gosta do trabalho de Tite.
Mas o time que não empolga e as vaias da torcida produzem desgastes e fazem reaparecer antigos debates, como o de ter seu filho, Matheus Bacchi, na comissão técnica. Justo questionamento.
Tite tem 38 jogos como treinador da seleção. São 30 vitórias, seis empates e duas derrotas. Só quatro vezes seu time não fez gol. O time que empatou contra a Venezuela tem apenas quatro titulares da derrota contra o Peru, em 2016: Alisson, Daniel Alves, Filipe Luís e Coutinho.
Dunga tinha quinze vitórias e duas derrotas em 19 partidas, em sua passagem entre 2014 e 2016. Naquele tempo, a derrota evidenciou o inevitável. Romper de novo por uma derrota parece repetir as loucuras de trabalhos interrompidos do futebol brasileiro.
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