Neymar começa a guerra
Água, morro abaixo, fogo, morro acima, e jogador de futebol quando quer ir embora, ninguém segura.
A adaptação de um ditado machista parece muito mais justa quando usada para jogadores de futebol.
Desde que Ronaldo, o Fenômeno, decidiu deixar a Internazionale, logo depois de ser campeão mundial pela seleção brasileira e de dois anos praticamente sem jogar pelo clube que lhe pagava os salários em dia, enquanto se recuperava de suas mais graves lesões. Assim que teve condições de voltar a retribuir o esforço da Inter, Ronaldo deixou claro que pretendia jogar pelo Real Madrid.
Ganhou a briga.
Neymar não conquistou nenhum título pelo Paris Saint-Germain em campo. As campanhas vitoriosas de que participou terminaram com o craque assistindo de longe, às vezes de Mangaratiba, no estado do Rio de Janeiro, por causa de suas lesões. O Paris Saint-Germain cumpriu sua obrigação: pagou os salários.
E Neymar fez o que podia, enquanto as lesões tiraram-no de campo.
Agora, quando pode voltar a jogar, decidiu sair. Como você já leu aqui, muita gente apostava que Neymar voltaria aos treinos, mas havia quem cravasse que ele abriria a guerra.
Abriu.
Como não há multa de rescisão no contrato que Neymar assinou, o único jeito de sair do Paris Saint-Germain é não renovar e esperar pelo fim do acordo ou tentar sair na base da pressão, a escolha evidenciada pelo craque neste dia 8.
A lógica do ditado adaptado é que o jogador ganhe a briga.
A única exceção recente aconteceu com o próprio Paris Saint-Germain. Em 2017, Verratti não voltou aos treinos, acertou salários com o Barcelona, deixou claro que queria ir embora e o PSG resistiu tanto, que Verratti renovou o contrato. Ficou.
Ocorre que, naquele caso, havia um fator extra: Verratti queria jogar com Neymar. E Neymar deixou o Barcelona, quando Verratti estava se transferindo para a Catalunha.
Desta vez, não há fator extra. Há a vontade de Neymar e a vontade do Paris Saint-Germain.
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